
Horário de Verão 2025: Fim da Dúvida! O Governo Não Planeja a Retomada!

Horário de Verão 2025: Fim da Dúvida! O Governo Não Planeja a Retomada!
A primavera chegou, e com ela, a eterna pergunta ressurge: o Horário de Verão vai voltar? Para a alegria ou tristeza de muitos, o Ministério de Minas e Energia (MME) reafirmou: não há planos para a volta do Horário de Verão em 2025. A medida, suspensa desde 2019, continua “em avaliação permanente”, mas o governo considera sua retomada desnecessária no cenário energético atual do país.
Por Que o Horário de Verão Perdeu a Razão de Ser?
Originalmente, o Horário de Verão foi implementado com o objetivo claro de reduzir o consumo de energia elétrica. A lógica era simples: aproveitar melhor a luz natural ao adiantar os relógios em uma hora, diminuindo a demanda no início da noite. Contudo, essa premissa mudou drasticamente nos últimos anos, influenciando diretamente a decisão sobre sua volta.
A Mudança nos Hábitos de Consumo: Ar-Condicionado em Foco
Com a crescente popularização de aparelhos como o ar-condicionado e outros sistemas de refrigeração, o pico de consumo de energia elétrica não ocorre mais no final da tarde/início da noite. Ele se deslocou para os períodos mais quentes do dia, geralmente durante a tarde, quando o sol está a pino e o impacto do Horário de Verão é mínimo ou inexistente.
O MME esclarece que essa mudança de hábito tornou o Horário de Verão ineficaz para seu propósito original. Em nota, a pasta destacou:
“Como nos últimos anos houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período da tarde, o Horário de Verão deixou de produzir os resultados para os quais essa política pública foi formulada, perdendo sua razão de ser aplicado sob o ponto de vista do setor elétrico.”
Estudos Confirmam: Sem Benefícios Econômicos Relevantes
Não são apenas as observações do Ministério que sustentam a decisão. Estudos aprofundados, encomendados pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), chegaram à mesma conclusão: os benefícios econômicos que o Horário de Verão poderia trazer já não justificam sua implementação.
- As análises do CMSE apontaram que a medida não resultava mais na redução esperada do consumo de energia.
- A economia gerada não compensava as adaptações e o impacto na rotina da população e do comércio.
Sistema Elétrico Preparado e Outras Estratégias em Jogo
O ministro Alexandre Silveira tem sido claro: a retomada do Horário de Verão só seria considerada em cenários de necessidade urgente, como uma grave escassez de energia em períodos de seca. Felizmente, essa não é a realidade atual do Brasil, que aposta em planejamento e inovação.
Segundo avaliações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o sistema elétrico nacional está robusto e preparado para atender à demanda até, pelo menos, fevereiro de 2026. Além disso, as condições dos reservatórios de hidrelétricas são consideradas positivas, afastando riscos iminentes de desabastecimento.
Para garantir a estabilidade da rede, o governo e o CMSE apostam em outras frentes estratégicas:
- Otimização de Hidrelétricas: Aumento da produção em usinas-chave como Itaipu e as do Rio São Francisco.
- Gerenciamento de Vazão: Redução da vazão de usinas no Paraná, quando viável, para preservar os níveis dos reservatórios.
- Investimento em Fontes Renováveis: Incentivo e expansão de energia solar e eólica, diversificando a matriz energética.
Diante desse panorama, fica evidente que o governo não vê a necessidade de recorrer ao Horário de Verão como uma medida emergencial. A avaliação é que outras ações mais eficazes já estão em curso para assegurar a segurança e a estabilidade do fornecimento de energia no país.
Portanto, pode guardar o relógio. O Horário de Verão em 2025 permanece na gaveta, enquanto o Brasil se adapta a novas realidades de consumo e estratégias energéticas mais modernas e eficientes. Para mais informações sobre o setor elétrico brasileiro, você pode consultar o site da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
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