
Ilha em Operação: Caos no Rio com Ônibus Incendiados e Prisões no Morro do Dendê

Ilha do Governador Sob Tensão: Operação Policial no Dendê Resulta em Caos e Violência
A manhã desta segunda-feira foi marcada por pânico e desordem na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro. Uma operação policial de grande porte contra o tráfico de drogas no Morro do Dendê desencadeou uma reação violenta de criminosos, que sequestraram e usaram ônibus como barricadas, chegando a incendiar um dos veículos. A ação, que visava desobstruir vias e combater o crime organizado, transformou a região em um cenário de guerra.
A Resposta Violenta do Crime Organizado
Em retaliação à presença policial, criminosos ligados à facção TCP (Terceiro Comando Puro), que domina a área, sequestraram 13 ônibus. Os veículos foram posicionados para bloquear ruas de acesso ao morro, como a Estrada do Cacuia e a Estrada do Dendê. Um dos coletivos, da linha 921 (Ribeira x Bancários), foi completamente incendiado, espalhando uma densa fumaça pela vizinhança. Além dos ônibus, lixeiras também foram queimadas e usadas como barricadas, intensificando o clima de caos.

Detalhes da Operação na Ilha e o Saldo da Ação
A Polícia Militar informou, em nota, que a ilha operação foi conduzida por agentes do 17º BPM (Ilha do Governador), com reforço do 22º BPM (Maré) e do 3º BPM (Méier). O principal objetivo era a remoção de barricadas que, segundo a corporação, “dificultam a circulação de moradores e o patrulhamento policial”.
A ação resultou em um confronto direto, com relatos de intensos tiroteios por volta das 6h da manhã. Até o momento, o balanço da operação é de:
- 4 homens presos
- 4 fuzis apreendidos
Impacto na População e Apelo por Segurança
O impacto da violência foi sentido imediatamente pela população local. Pelo menos cinco escolas particulares optaram por suspender as aulas para garantir a segurança de alunos e funcionários. A rede municipal, no entanto, manteve as atividades. O transporte público foi severamente afetado, com 11 linhas de ônibus tendo seus itinerários alterados para evitar a zona de conflito.
O sindicato das empresas de ônibus do Rio (Rio Ônibus) manifestou-se sobre o ocorrido, destacando a frequência alarmante de ataques. Segundo a entidade, apenas em 2025, 99 coletivos já foram sequestrados e três incendiados. Em comunicado, o sindicato fez um apelo: “Mais uma vez reiteramos o apelo às autoridades de segurança pública, ressaltando a necessidade urgente de se tomar providências para devolver o direito de viver em paz da população carioca”. Para mais dados sobre segurança pública no Brasil, acesse o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma fonte de alta autoridade no assunto.
Felizmente, até o fechamento desta matéria, não havia informações sobre feridos. A situação na Ilha do Governador, localizada a poucos quilômetros do Aeroporto do Galeão, continua sendo monitorada de perto pelas autoridades.
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