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Incidente Chocante: Navio de Ajuda para Gaza Sofre Ataque Próximo à Costa de Malta

Incidente Chocante: Navio de Ajuda para Gaza Sofre Ataque Próximo à Costa de Malta

temp_image_1746725555.28327 Incidente Chocante: Navio de Ajuda para Gaza Sofre Ataque Próximo à Costa de Malta

Incidente Chocante: Navio de Ajuda para Gaza Sofre Ataque Próximo à Costa de Malta

Um incidente alarmante ocorreu nas águas internacionais ao largo da costa de Malta na madrugada de sexta-feira. Um navio que transportava ajuda humanitária com destino a Gaza pegou fogo e emitiu um pedido de socorro (SOS), após o que seus organizadores alegaram ser um ataque de drone israelense.

A Coalizão Freedom Flotilla (FFC), que milita pelo fim do bloqueio israelense a Gaza, informou que ativistas estavam a bordo da embarcação carregando suprimentos quando o suposto ataque ocorreu logo após a meia-noite local.

Detalhes do Incidente ao Largo de Malta

O grupo ainda não apresentou evidências que confirmem a origem israelense do drone, enquanto as Forças Armadas de Israel se recusaram a comentar o alegado ataque.

Yasemin Acar, oficial de imprensa da FFC, relatou por telefone, direto de Malta, que “Há um buraco na embarcação agora e o navio está afundando”. O governo de Malta confirmou o incêndio a bordo do navio de 68 pés, que foi posteriormente extinto, e que não houve feridos.

Inicialmente, o governo maltês informou que 16 pessoas estavam a bordo (12 tripulantes e 4 passageiros civis), embora a FFC tenha fornecido à CNN um número maior, de 30 pessoas. Uma embarcação de reboque foi enviada para auxiliar, mas a tripulação, embora segura, recusou-se a embarcar, focando em ajudar a controlar o incêndio interno.

A Missão Humanitária e os Obstáculos Próximo a Malta

O navio, chamado Conscience, estava a caminho de Malta, onde um grande contingente de ativistas, incluindo figuras notáveis como a ativista climática Greta Thunberg e a Coronel aposentada do Exército dos EUA Mary Ann Wright, deveriam embarcar antes de partir para Gaza, a mais de 1.000 milhas de distância. No entanto, o navio não chegou a entrar no porto maltês.

Voluntários de mais de 21 países viajaram para Malta com o objetivo de participar desta missão. Thiago Avila, organizador principal da flotilha, descreveu as dificuldades em se aproximar da embarcação avariada, pois guardas marítimos malteses impediram o acesso.

As Forças Armadas de Malta confirmaram que a embarcação e a tripulação estão seguros, mas o navio permanece fora das águas territoriais maltesas, sendo monitorado de perto pelas autoridades. A FFC instou o governo de Malta a permitir a passagem segura da embarcação, citando o risco de novos ataques.

Falando de Malta, Greta Thunberg reforçou o objetivo da missão: abrir um corredor humanitário e tentar romper o que ela descreveu como o cerco ilegal de Israel a Gaza, onde a situação humanitária é crítica, com alegações de fome sistemática.

A ativista acrescentou que o navio está atualmente ancorado, pois qualquer movimento arriscaria inundá-lo e fazê-lo afundar.

Alegações, Contexto e Histórico

Mary Ann Wright, também em Malta, expressou surpresa com o ataque: “Quem enviaria drones para bombardear um navio que está ancorado perto de Malta?” Ela alertou que o incidente deveria servir de aviso para todos os países europeus.

A Coalizão Freedom Flotilla se define como uma rede internacional de ativistas pró-Palestina que busca acabar com o bloqueio de Gaza e entregar ajuda humanitária através de ação direta e não violenta. O bloqueio a Gaza tem sido rigoroso desde os ataques do Hamas a Israel em outubro de 2023.

A situação humanitária na Faixa de Gaza é desesperadora. O Programa Mundial de Alimentos (WFP – World Food Programme) relatou recentemente que seus armazéns estão vazios e a comida nos mercados alcança preços proibitivos.

Francesca Albanese, Relatora Especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Territórios Palestinianos Ocupados, pediu às autoridades estatais, incluindo as marítimas, que apoiem o navio e sua tripulação, e que investiguem os fatos.

A FFC, que mantinha a missão sob sigilo para evitar sabotagem, reiterou que o navio foi atacado duas vezes por drones a 17 quilômetros da costa de Malta, em águas internacionais, com os geradores sendo o alvo aparente. Eles culparam Israel e pediram que seus embaixadores fossem convocados para responder por violações do direito internacional.

Dados de rastreamento de voo mostraram um avião de carga da Força Aérea Israelense voando perto de Malta horas antes do incidente, mas as Forças de Defesa de Israel não comentaram os dados.

Este incidente evoca a memória de um ataque semelhante em 2010, quando Israel interceptou uma flotilha em águas internacionais, resultando na morte de dez pessoas e gerando condenação internacional.

Vídeos e fotos compartilhados pela FFC e verificados mostraram o incêndio, fumaça a bordo e buracos na estrutura do navio, consistentes, segundo um especialista em explosivos, com o uso de duas pequenas munições de impacto.

A situação permanece tensa, com o navio aguardando resolução enquanto a controvérsia sobre o ataque e o acesso humanitário a Gaza continuam.

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