Joesley Batista e o ‘Projeto Vesúvio’: Negociação Bilionária com Dono do Banco Master Revelada

Nos bastidores do mercado financeiro, uma movimentação sigilosa batizada de “Projeto Vesúvio” tem chamado a atenção. No centro das discussões, estão dois nomes de peso: Joesley Batista, conhecido por sua atuação no grupo J&F, e Daniel Vorcaro, o proprietário do Banco Master.

As negociações, acompanhadas de perto pelo Banco Central (Saiba mais sobre o papel do BC), envolvem a potencial aquisição, por parte de Joesley Batista, de uma parcela significativa de ativos de Vorcaro. O objetivo principal seria a compra de uma fração dos precatórios (Entenda o que são precatórios) detidos pelo Banco Master, além de participações em diversas empresas e bens pessoais do banqueiro.

Os Ativos Milionários em Jogo

A lista de bens incluídos no escopo do “Projeto Vesúvio” revela o alto patamar da negociação. Entre os ativos pessoais de Daniel Vorcaro que podem mudar de mãos, destaca-se:

• Um luxuoso apartamento no Itaim, em São Paulo, avaliado em impressionantes R$ 60 milhões.
• Sua participação na mineradora Itaminas, considerada um de seus principais e mais valiosos ativos.
• Uma parcela de sua coleção de jatos particulares. Embora Vorcaro possua uma minifrota, apenas uma aeronave estaria na mira de Joesley Batista nesta fase.

PrimeYou e Bens Compartilhados

Curiosamente, alguns dos bens utilizados por Vorcaro e que estão indiretamente ligados à negociação fazem parte da PrimeYou, uma empresa especializada em compartilhamento de jatos e imóveis. Vorcaro possui cotas e participação nesta companhia. É o caso de um jato G700 da Gulfstream (capaz de voar de São Paulo a Dubai sem escalas), uma mansão de tirar o fôlego em Trancoso, Bahia, avaliada em R$ 280 milhões, e até uma lancha de alto padrão. Embora Vorcaro use esses bens, a propriedade total é da PrimeYou, com sua participação sendo o que entra no acordo.

Sigilo e o Código “Vesúvio”

A escolha do codinome “Projeto Vesúvio” não foi por acaso. Para garantir a máxima discrição e preservar o sigilo das conversas, especialmente diante da sensibilidade de envolver figuras proeminentes como Joesley Batista e Daniel Vorcaro e a atenção do Banco Central, o termo foi utilizado em todos os documentos e minutas que circularam apenas entre um círculo extremamente restrito de pessoas.

A negociação, que envolve cifras milionárias e ativos diversificados, demonstra a dinâmica complexa e muitas vezes reservada do alto mercado financeiro brasileiro, onde acordos substanciais podem ser selados sob codinomes para manter a confidencialidade.