
Juiz Aposentado Choca ao Usar Identidade Falsa por 40 Anos: Entenda o Caso

Um Magistrado, Duas Vidas: Juiz Aposentado Acusado de Usar Identidade Falsa por Quatro Décadas
A notícia abalou o mundo jurídico e gerou grande repercussão: um juiz aposentado foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por usar uma identidade falsa por cerca de 40 anos. A acusação envolve crimes de uso de documento falso e falsidade ideológica, levantando questões sobre a integridade e a segurança das instituições públicas.
A Denúncia: Uma Vida Dupla Mantida em Segredo
Segundo o MPSP, o juiz aposentado conseguiu enganar “quase a totalidade das instituições públicas” durante décadas, utilizando um nome fictício enquanto mantinha sua verdadeira identidade. As motivações por trás dessa suposta vida dupla permanecem um mistério, conforme declarado pela Promotoria.
- O magistrado é acusado de ter usado o nome falso para estudar Direito na USP.
- Ele também teria prestado concurso e ingressado na magistratura paulista sob a identidade fictícia.
- Durante sua carreira, o juiz proferiu milhares de decisões assinadas com o nome falso.
A Descoberta: Uma Tentativa Frustrada no Poupatempo
A trama veio à tona quando o juiz tentou emitir uma nova via do RG com o nome falso em um Poupatempo na capital paulista. A Polícia Civil de São Paulo investigou o caso e, através da comparação de impressões digitais, confirmou a fraude.
Quem é Wickfield? A Ascensão de uma Personalidade Fictícia
O juiz aposentado, identificado como Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield, de 67 anos, é, na verdade, José Eduardo Franco dos Reis. Durante toda a sua carreira no Judiciário paulista, ele usou o nome falso e ocupou cargos de destaque no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Reportagens antigas revelam que “Wickfield” afirmava ser descendente de nobres britânicos e neto de um magistrado inglês. No entanto, o registro de nascimento de José Eduardo Franco dos Reis aponta para pais com nomes tipicamente brasileiros: Vitalina e José.
As Implicações Legais: Acusações e Pedidos do Ministério Público
O MPSP acusa Reis de ter cometido os crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso por três vezes cada um. As investigações listaram momentos específicos em que o juiz emitiu documentos com dados falsos, como em um documento do Detran, no Registro Nacional de Veículos Automotores e na tentativa de emissão de uma nova via da carteira de identidade.
A Promotoria solicitou o cancelamento dos documentos de Reis com o nome falso, incluindo o CPF em nome de Wickfield, além de medidas cautelares alternativas à prisão, como a entrega do passaporte e a proibição de se ausentar da cidade onde mora.
Um Caso Atípico que Desafia a Justiça
O caso do juiz aposentado que usou identidade falsa por 40 anos é um evento atípico que desafia a justiça e levanta sérias questões sobre a segurança e a integridade das instituições. As investigações e o processo judicial em andamento prometem trazer à tona todos os detalhes dessa história surpreendente.
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