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Maníaco do Parque: Advogada Alerta Sobre Soltura e Alto Risco de Reincidência em 2028

Maníaco do Parque: Advogada Alerta Sobre Soltura e Alto Risco de Reincidência em 2028

temp_image_1746654741.934588 Maníaco do Parque: Advogada Alerta Sobre Soltura e Alto Risco de Reincidência em 2028

A possibilidade da soltura de Francisco de Assis Pereira, mais conhecido como Maníaco do Parque, em 2028, tem gerado apreensão e debate. Condenado a 276 anos de prisão por uma série brutal de assassinatos, estupros e roubos, Pereira pode ser beneficiado pelo limite de 30 anos de cumprimento de pena vigente na época de sua condenação, conforme a legislação brasileira.

A Posição da Advogada: Um Alerta Crucial

Surpreendentemente, quem vocaliza forte oposição a essa soltura é justamente a advogada criminalista Caroline Landim, contratada para defender os interesses de Pereira. Sua principal preocupação: a ausência de acompanhamento psiquiátrico durante os 26 anos em que ele esteve encarcerado e a falta de um laudo técnico atualizado sobre sua condição mental.

Landim é taxativa ao afirmar o alto risco de reincidência. Ela fundamenta sua preocupação no histórico assustador de crimes do “Maníaco do Parque” e no diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial, considerado por muitos sem cura. “Não farei (o pedido de soltura). Por mim, ele ficará preso para sempre”, declarou a advogada, defendendo que qualquer liberação só ocorra após uma rigorosa avaliação psiquiátrica por peritos judiciais.

Crimes Horrendos e o Limite Legal

Entre 1996 e 1998, Francisco de Assis Pereira aterrorizou São Paulo, atraindo cerca de 200 mulheres ao Parque do Estado com falsas promessas de trabalho como modelo. Os crimes incluíram o assassinato de sete mulheres e a violência sexual e roubo contra dezenas. Sua crueldade chegou ao ponto de morder e arrancar partes do corpo das vítimas, conforme laudos do IML.

Apesar da sentença astronômica de 276 anos, a Lei de Execução Penal (LEP) permitia, na época, que o tempo máximo de reclusão efetiva fosse de 30 anos. É com base nesse dispositivo legal que a possível soltura em 2028 se torna uma realidade.

Comportamento Inquietante na Prisão

O comportamento atual de Pereira dentro da penitenciária de Iaras, onde cumpre pena, também levanta bandeiras vermelhas para sua defensora. Ele fez pedidos peculiares para participar de um documentário ou interagir com pessoas de fora:

  • Tratamento dentário completo (exigindo dentes de porcelana, recusando resina ou dentadura).
  • Um rádio.
  • Um par de patins.

Apesar da condição dentária (amelogênese imperfeita), a estranha fixação por dentes de porcelana, somada ao histórico de morder vítimas, é vista como um sinal preocupante.

A Falha na Avaliação Criminológica

Um ponto crítico destacado pela advogada é que, por não ter solicitado progressão de regime, o “Maníaco do Parque” jamais foi submetido a um exame criminológico completo. Esse tipo de avaliação, feita por equipe multidisciplinar, é crucial para analisar a periculosidade e as condições psicológicas do detento. Como ele cumprirá os 30 anos em regime fechado, a lei atual não *exige* essa avaliação para a saída, o que Landim considera um risco gravíssimo para a sociedade.

O Futuro e a Segurança Pública

Hoje, aos 57 anos, Pereira vive uma rotina de tecelão na prisão, tendo engordado significativamente e passado por um longo período de isolamento familiar. No entanto, seu diagnóstico de psicopatia e suas próprias declarações passadas de que voltaria a matar, aliadas à falta de uma análise profunda de sua condição atual, mantêm a discussão sobre sua soltura como um tema urgente e preocupante para a segurança pública brasileira.

Entender o transtorno de personalidade antissocial é crucial para debater esses casos. Saiba mais sobre o tema em fontes confiáveis como a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde.

A decisão final caberá à Justiça, mas o alerta da própria defensora joga luz sobre a complexidade e os riscos envolvidos na potencial libertação de um dos serial killers mais notórios do Brasil.

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