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OceanGate Titan: O Desastre Revelado no Documentário Netflix e os Avisos Ignorados

OceanGate Titan: O Desastre Revelado no Documentário Netflix e os Avisos Ignorados

temp_image_1749797968.300183 OceanGate Titan: O Desastre Revelado no Documentário Netflix e os Avisos Ignorados

OceanGate Titan: O Desastre Revelado no Documentário Netflix e os Avisos Ignorados

A tragédia do submarino Titan, da empresa OceanGate, que culminou na morte de cinco pessoas durante uma expedição aos destroços do Titanic em junho de 2023, volta a ganhar destaque com o lançamento de um novo documentário na Netflix. Intitulado “Titan: O Desastre da OceanGate”, a produção promete lançar luz sobre os sinais de alerta que teriam sido ignorados pela companhia antes da fatídica implosão.

A Voz Silenciada: Os Avisos de David Lochridge

Um dos pontos centrais explorados pelo documentário, e já conhecido pelas investigações e reportagens, é o relato de David Lochridge, ex-diretor de operações marítimas e piloto de submarinos da OceanGate. Lochridge tentou alertar o CEO da empresa, Stockton Rush, sobre potenciais perigos relacionados ao design da embarcação, mas sua voz foi silenciada de forma drástica.

Em depoimento, Lochridge revelou que havia sérias preocupações com a segurança do submarino Titan, especialmente no que diz respeito ao uso de fibra de carbono na estrutura, material que ele considerava inadequado para as profundezas extremas alcançadas durante as expedições. “Não havia nada seguro naquele veículo”, afirmou ele, destacando que suas preocupações foram apresentadas verbalmente e por escrito em relatórios de inspeção.

A resposta da OceanGate aos avisos de Lochridge foi rápida e contundente: ele foi demitido em um encontro que durou pouco mais de duas horas, apenas por expressar suas preocupações com a segurança dos passageiros que pagavam a fortuna de US$ 250.000 (cerca de R$ 1,25 milhão, na cotação atual) pela viagem ao Titanic.

Determinado a expor os riscos, Lochridge chegou a entrar com uma denúncia formal e um processo judicial, buscando tornar públicos os perigos que, segundo ele, a empresa ignorava.

A Expedição Final e a Tragédia da Implosão

A expedição de junho de 2023 tinha como destino os famosos destroços do RMS Titanic, localizados a cerca de 3.800 metros de profundidade no Oceano Atlântico Norte. A bordo do submarino Titan estavam cinco pessoas:

  • Stockton Rush (61 anos): CEO da OceanGate e piloto do Titan.
  • Paul-Henri Nargeolet (77 anos): Explorador francês com vasta experiência em expedições ao Titanic.
  • Hamish Harding (58 anos): Empresário britânico e aventureiro.
  • Shahzada Dawood (48 anos): Empresário paquistanês.
  • Suleman Dawood (19 anos): Filho de Shahzada Dawood.

Após perder contato com a superfície, buscas intensas foram realizadas. Dias depois, destroços encontrados revelaram que o submarino sofreu uma “implosão catastrófica” sob a imensa pressão das profundezas, vitimando todos a bordo.

Para saber mais sobre a localização histórica do Titanic, você pode consultar a página sobre o RMS Titanic na Wikipédia.

O Legado e o Fim da OceanGate

Em comunicado, a OceanGate expressou novamente suas condolências às famílias das vítimas. A empresa anunciou que “suspendeu permanentemente suas operações” após a tragédia e afirmou estar cooperando integralmente com as investigações conduzidas por órgãos como a Guarda Costeira e o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB).

As investigações sobre as causas da implosão e os fatores que levaram ao desastre ainda estão em andamento, buscando entender completamente o que aconteceu e, crucialmente, por que os alertas de segurança foram ignorados. Informações sobre as investigações podem ser encontradas em sites oficiais, como o site do NTSB (em inglês).

O documentário da Netflix chega como mais um capítulo na dolorosa história do desastre da OceanGate, trazendo à tona detalhes que reforçam a importância crítica da segurança em expedições de alto risco e o custo trágico de ignorar avisos fundamentais.

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