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Oficial da Força Aérea Paquistanesa (PAF) Gera Debate com Fala Sobre ‘Brilho Tático em Pulwama’

Oficial da Força Aérea Paquistanesa (PAF) Gera Debate com Fala Sobre ‘Brilho Tático em Pulwama’

temp_image_1747048342.189008 Oficial da Força Aérea Paquistanesa (PAF) Gera Debate com Fala Sobre 'Brilho Tático em Pulwama'

Declaração Controversa da Força Aérea Paquistanesa (PAF) Reacende Debates Sobre Pulwama

Uma recente declaração de um oficial sênior da Força Aérea Paquistanesa (PAF) durante uma coletiva de imprensa provocou um intenso debate, sendo amplamente interpretada como um possível reconhecimento do papel militar paquistanês no ataque terrorista de 2019 em Pulwama, que resultou na morte de 40 paramilitares indianos do CRPF. A fala ocorre em um momento de redobrada atenção sobre o Paquistão, especialmente após recentes alegações de envolvimento em outro ataque em Pahalgam.

O Air Vice Marshal Aurangzeb Ahmed, chefe da ala de relações públicas da PAF, afirmou: “Tentamos lhes dizer com nosso brilho tático em Pulwama”. Ele complementou, ao lado de outros porta-vozes militares, que “se o espaço aéreo, terra, águas ou o povo do Paquistão forem ameaçados, não pode haver compromisso. Não pode passar despercebido. Devemos isso à nossa nação.”

As palavras de Ahmed, ao mencionar explicitamente “Pulwama” e “brilho tático”, sem especificar a que evento se referia dentro do complexo de incidentes daquele período, geraram confusão inicial e questionamentos sobre uma possível mudança na postura oficial do Paquistão, que sempre negou qualquer envolvimento no ataque terrorista de 14 de fevereiro de 2019.

O Contexto: Ataque Terrorista vs. Resposta Aérea

Contudo, analistas militares e observadores da região rapidamente apontaram que a referência do oficial da PAF provavelmente se alinha à resposta aérea paquistanesa de 27 de fevereiro de 2019, conhecida como Operação Swift Retort.

O ataque terrorista de Pulwama, ocorrido em 14 de fevereiro de 2019, foi um atentado suicida com carro-bomba reivindicado pelo grupo terrorista Jaish-e-Mohammed, executado por um recruta local, Adil Ahmad Dar. Dada a natureza do ataque, a Força Aérea Paquistanesa não teve um papel operacional direto neste evento específico.

Dias depois, em 26 de fevereiro, a Índia conduziu ataques aéreos contra um suposto campo de treinamento do Jaish-e-Mohammed em Balakot, Paquistão. A resposta paquistanesa, a Operação Swift Retort em 27 de fevereiro, envolveu um confronto aéreo entre as PAFs e a Força Aérea Indiana (IAF) sobre a Linha de Controle, culminando na captura do Wing Commander Abhinandan Varthaman da IAF.

É essa contraofensiva aérea e o subsequente confronto que analistas acreditam que o Air Vice Marshal Aurangzeb Ahmed se referia ao mencionar “brilho tático”, dissociando a fala do ataque terrorista inicial e ligando-a à capacidade de resposta militar da PAF.

Pressão e Escrutínio Sobre o Paquistão

A declaração do oficial da PAF surge apenas uma semana após o Ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Asif, admitir em uma entrevista à Sky News que o país abrigou terroristas por mais de três décadas, em resposta a perguntas sobre o histórico de apoio a organizações terroristas. Essa admissão, somada às novas alegações após o ataque em Pahalgam, aumenta o escrutínio internacional sobre as políticas e o papel do Paquistão em relação a grupos extremistas.

Apesar da polêmica gerada, a posição oficial do Paquistão sobre o ataque de Pulwama permanece inalterada: negação de envolvimento direto no atentado suicida, embora reconheçam a resposta aérea posterior em Balakot. A fala de Ahmed, portanto, parece reforçar a narrativa de que o “brilho tático” reside na capacidade de defesa e resposta a agressões externas, e não na facilitação de atos terroristas.

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