Operação Torniquete: Suspeito de Ataque ao Goleiro Agustín Rossi é Morto no Rio

A segurança pública do Rio de Janeiro ganhou destaque nesta quinta-feira (25) com a mais recente fase da Operação Torniquete. A ação policial, que mira uma perigosa quadrilha especializada em roubo de veículos, culminou na morte de um suspeito na Zona Norte da cidade. O indivíduo em questão era apontado como um dos envolvidos na tentativa de latrocínio contra o renomado goleiro do Flamengo, Agustín Rossi, um episódio que chocou o futebol e a cidade.

Detalhes da Operação e o Alvo Principal

A Polícia Civil identificou o suspeito como Vinícius Farias de Azeredo, membro do temido “Bonde do Loirinho”, um grupo criminoso com fortes ligações ao Comando Vermelho. Considerada uma das principais quadrilhas de assaltos a motoristas no estado, o Bonde do Loirinho vinha aterrorizando diversas regiões do Rio de Janeiro. No momento da abordagem, Vinícius estava armado com um fuzil e acompanhado de uma comparsa, que conseguiu escapar da ação policial.

A intervenção ocorreu na Rua Uranos, em Bonsucesso. Segundo relatos da Polícia Civil, os criminosos abriram fogo contra os policiais, que prontamente reagiram, resultando na neutralização do suspeito. A ligação de Vinícius com o crime contra o goleiro Agustín Rossi ressalta a audácia do grupo e a importância da operação.

O Histórico Criminal e as Provas Apreendidas

Vinícius Farias de Azeredo era investigado por, pelo menos, 10 roubos recentes em áreas nobres e movimentadas da cidade, como Zona Sul, Praça da Bandeira, Tijuca e Centro. Sua morte representa um duro golpe para a estrutura do “Bonde do Loirinho”, chefiado por Rodrigo Correia Martins da Piedade, o “Loirinho”, foragido desde 2018 e com 14 mandados de prisão em aberto.

Durante a ação, um arsenal significativo foi apreendido, incluindo:

  • Um fuzil calibre 5.56
  • Uma pistola 9 mm
  • Uma granada
  • Um colete à prova de balas
  • Um bloqueador de sinal de GPS
  • Um Toyota Corolla roubado (utilizado pelo grupo)

Apoio Tecnológico e o Caso Agustín Rossi

A Civitas, órgão municipal do Rio de Janeiro, desempenhou um papel crucial nas investigações, auxiliando a polícia na localização do veículo roubado. Por meio de monitoramento de placas, a Civitas enviou alertas em tempo real que permitiram o acompanhamento dos suspeitos e a preparação da abordagem. “Entre 23h50 e 1h40, quatro notificações sucessivas permitiram acompanhar os deslocamentos dos suspeitos e preparar a abordagem”, informou a Civitas.

O ataque ao goleiro Agustín Rossi, do Flamengo, foi um dos crimes mais notórios atribuídos ao “Bonde do Loirinho”. Os criminosos dispararam diversas vezes contra o carro blindado do jogador na Linha Amarela, em uma tentativa de latrocínio – roubo seguido de morte. A repercussão do caso, envolvendo um atleta de alto perfil como Rossi, intensificou as investigações e a busca pelos responsáveis.

Impacto e Próximos Passos

As investigações sobre a atuação do “Bonde do Loirinho” estavam em andamento há quatro meses, coordenadas pela Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA-CAP), DRACO-IE, e pelas delegacias da Praça da Bandeira (18ª DP) e Penha (22ª DP), além de setores de inteligência. A morte de Vinícius Farias de Azeredo é um avanço significativo, mas a busca pelo líder “Loirinho” e outros integrantes da quadrilha continua.

Apesar da redução geral nos índices de roubos de veículos no estado, a atuação de grupos como o “Bonde do Loirinho” vinha causando um aumento pontual de ocorrências em áreas estratégicas. A continuidade das operações como a Torniquete é fundamental para restaurar a sensação de segurança e garantir a proteção dos cidadãos, incluindo figuras públicas como o goleiro do Flamengo Agustín Rossi.