
Padre Fábio de Melo: Sindicato Apoia Gerente Demitido Após Confusão em Cafeteria

Polêmica na Cafeteria: O Caso Padre Fábio de Melo e a Demissão do Gerente em Joinville
Um episódio envolvendo o Padre Fábio de Melo e uma cafeteria em Joinville, Santa Catarina, ganhou um novo e importante desdobramento. Após a demissão de um gerente depois de uma reclamação pública do sacerdote nas redes sociais, o sindicato da categoria entrou em cena, publicando uma nota de repúdio e oferecendo suporte jurídico ao trabalhador desligado.
A confusão teve início em 10 de maio, quando Padre Fábio de Melo utilizou suas plataformas digitais para relatar uma experiência insatisfatória na cafeteria. Segundo o padre, houve um problema com a precificação de produtos e o atendimento teria sido marcado pela arrogância de um funcionário, que posteriormente foi identificado como o gerente da unidade.
A Reclamação, a Repercussão e a Demissão
O relato do padre rapidamente viralizou, gerando ampla repercussão online. Em resposta à polêmica, a cafeteria, a Havana de Joinville, confirmou dias depois, em 12 de maio, o desligamento do funcionário em questão. A empresa teria indicado que a demissão estava ligada à repercussão do caso.
Entretanto, a versão dos fatos apresentada pelo gerente demitido diverge daquela relatada pelo sacerdote. O ex-funcionário afirmou que sequer conversou diretamente com o padre na loja. Segundo sua versão, a questão do preço das latas de doce de leite teria sido levantada por um membro da equipe do próprio padre no caixa, e a diferença se daria pela falta de detalhamento na placa de preço da prateleira, que não especificava o tipo exato do produto.
A Posição Firme do Sindicato
Diante da demissão, o Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hospitalidade e de Hotéis, restaurantes, bares e similares (Sitatuh) de Joinville emitiu uma nota contundente, criticando a postura da empresa.
Para o Sitatuh, a cafeteria agiu de forma precipitada e injusta, priorizando a preservação de sua imagem em detrimento de uma apuração adequada dos fatos. O sindicato classificou a demissão como uma “clara reação à viralização do vídeo” e lamentou que a própria empresa tenha tornado pública a dispensa como motivada pela exposição viral.
A entidade sindical ressalta que a demissão sumária, baseada em pressão externa e sem dar ao trabalhador a chance de defesa, configuraria uma dispensa discriminatória e abusiva, passível de reparação legal. O sindicato argumenta que a imagem profissional do gerente foi indevidamente manchada por um “exposed” virtual, sem que sua versão dos acontecimentos fosse devidamente considerada pela empresa.
O Sitatuh finaliza a nota reafirmando seu repúdio a práticas de desligamento motivadas por estratégias de marketing ou pressões que penalizem injustamente o trabalhador. A entidade informou que está prestando todo o acompanhamento e suporte jurídico ao ex-gerente para que ele busque os reparos pelos danos sofridos.
A reportagem tentou contato com a Cafeteria Havana para obter um posicionamento sobre a nota do sindicato, mas não obteve retorno até o momento da publicação.
O caso continua a gerar debate sobre o impacto das redes sociais nas relações de trabalho e a responsabilidade das empresas diante de crises de imagem motivadas por exposição virtual.
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