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Professores do DF em Mobilização: Categoria Decide Rumo Após Impasse com Governo sobre Salário e Carreira

Professores do DF em Mobilização: Categoria Decide Rumo Após Impasse com Governo sobre Salário e Carreira

temp_image_1748377606.258216 Professores do DF em Mobilização: Categoria Decide Rumo Após Impasse com Governo sobre Salário e Carreira

Professores do DF em Mobilização: Categoria Decide Rumo Após Impasse com Governo sobre Salário e Carreira

A educação pública do Distrito Federal vive momentos decisivos. Professores e orientadores educacionais da rede pública do DF estão em intensa mobilização, avaliando os próximos passos após as negociações com o Governo do Distrito Federal (GDF) sobre a campanha salarial travarem. O cenário aponta para a possibilidade de uma greve, caso as demandas da categoria não sejam atendidas.

Entenda a Mobilização dos Professores do DF

Representados pelo Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), os profissionais da educação têm buscado diálogo com o GDF desde o início do ano para discutir a pauta de reivindicações. No entanto, a categoria se deparou com a alegação do governo de que não haveria condições financeiras para formalizar qualquer proposta de reajuste ou reestruturação de carreira.

Este impasse levou à convocação de assembleias regionais e, subsequentemente, a uma assembleia geral com paralisação, onde os professores e orientadores educacionais decidiram intensificar as ações. A mensagem é clara: a categoria está unida e disposta a utilizar todos os seus direitos constitucionais, incluindo a possibilidade de uma greve, para pressionar o governo a apresentar uma proposta concreta.

As Demandas da Categoria: Salário e Carreira

Duas frentes principais norteiam a campanha salarial do magistério do DF:

  • Reajuste Salarial: A meta principal é o cumprimento da Meta 17 da Campanha Salarial 19,8%, buscando a recomposição do poder de compra.
  • Reestruturação da Carreira: Considerada um mecanismo fundamental de valorização profissional e garantia de direitos. O objetivo com a reestruturação proposta é, idealmente, dobrar o vencimento-base do magistério.

A proposta de reestruturação de carreira inclui pontos como:

  • Redução do número de padrões (de 25 para 15);
  • Ampliação do percentual de mudança entre padrões;
  • Valorização da progressão horizontal (especialização, mestrado, doutorado) com aumento dos percentuais entre as tabelas salariais.

Esses pontos visam não apenas melhorar a remuneração, mas também reconhecer a formação e experiência dos profissionais, promovendo uma educação pública de qualidade e socialmente referenciada.

O Posicionamento do Governo do DF e a Resposta do Sinpro

O GDF justifica a falta de proposta citando a Certidão Orçamentária do Tribunal de Contas do DF, que apontaria o limite prudencial de gastos com pessoal ultrapassado. Esta situação, segundo o governo, impediria a formalização de um acordo que contemple as reivvindicações dos professores e orientadores.

No entanto, o Sinpro-DF contesta essa argumentação, afirmando que a gestão dos gastos públicos envolve escolhas políticas. Em nota, o sindicato sugere que o governo poderia explorar outras opções fiscais, como a redução da renúncia fiscal ou a diminuição do perdão de dívidas, em vez de penalizar os profissionais da educação. Para o sindicato, não atender às pautas dos professores é uma "opção política" do governo atual.

A situação impacta diretamente a rede pública de ensino do Distrito Federal, gerida pela Secretaria de Educação do DF, e acende o alerta para a comunidade escolar sobre possíveis paralisações.

O Caminho à Frente para os Professores do DF

Diante da recusa do GDF em apresentar uma proposta, a categoria demonstrou nas assembleias sua forte mobilização e a avaliação unânime da necessidade de intensificar as ações de pressão. A unidade e a participação de todos os profissionais da educação são vistas pelo Sinpro-DF como essenciais para a ampliação e garantia dos direitos reivindicados.

A decisão sobre os próximos passos, incluindo um possível indicativo de greve no DF, dependerá da força e da união da categoria nas atividades convocadas pelo sindicato. O desfecho dessa negociação é crucial para o futuro da educação pública e para a valorização dos profissionais que atuam diariamente em sala de aula.

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