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Reportagem do Fantástico Expõe Falhas no Resgate de Juliana Marins e Revolta da Família

Reportagem do Fantástico Expõe Falhas no Resgate de Juliana Marins e Revolta da Família

temp_image_1751257752.18975 Reportagem do Fantástico Expõe Falhas no Resgate de Juliana Marins e Revolta da Família

Tragédia no Monte Rinjani: Reportagem do Fantástico Lança Luz Sobre Falhas no Resgate de Juliana Marins

A trágica morte da publicitária brasileira Juliana Marins, de 26 anos, após uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, ganhou novos e chocantes detalhes na reportagem exibida pelo Fantástico. O programa revelou imagens inéditas e trouxe depoimentos emocionados e revoltados da família, apontando para uma série de falhas que, segundo eles, poderiam ter sido evitadas e custaram a vida da jovem.

Imagens Inéditas: Os Primeiros Momentos Após a Queda

As cenas exclusivas mostram as primeiras e, segundo a família, inadequadas tentativas de resgate. Um vídeo feito pelo próprio guia de Juliana registrou a lanterna do capacete da publicitária ainda acesa no penhasco, indicando que ela estava viva logo após o acidente. Na gravação, o guia apenas constata: “Ela caiu em um penhasco”.

O Grito de Indignação da Família Marins

Em entrevista exclusiva ao Fantástico, os pais de Juliana, Manoel e Estela Marins, expressaram profunda dor e revolta com a condução do caso. Manoel Marins detalhou o momento crucial que, em sua visão, foi determinante para a tragédia:

“Juliana falou para o guia que estava cansada e o guia falou: ‘senta aqui, fica sentada’. E o guia nos disse que ele se afastou por 5 a 10 minutos para fumar. Para fumar! Quando voltou, não avistou mais Juliana. Isso foi por volta de 4h. Ele só a avistou novamente às 6h08, quando gravou o vídeo e o enviou ao chefe dele”, relatou o pai.

Lentidão e Amadorismo no Socorro

A reportagem destacou a demora e a falta de preparo no socorro. O parque acionou uma brigada de primeiros socorros que iniciou a subida apenas por volta das 8h30, chegando ao local do acidente às 14h. Manoel Marins descreveu a precariedade dos equipamentos:

“O único equipamento que eles tinham era uma corda. Jogaram a corda na direção da Juliana. Depois, no desespero, o guia amarrou a corda na cintura e tentou descer sem ancoragem.”

A Defesa Civil da Indonésia (Basarnas) só foi acionada muito tempo depois, chegando ao local por volta das 19h, segundo a família. Juliana foi encontrada sem vida dois dias após a queda. O laudo apontou hemorragia interna por lesão no tórax, com a morte estimada entre 12 e 24 horas antes da remoção.

Busca por Justiça e Acusações de Negligência

A família da jovem clama por justiça e aponta responsáveis diretos pela morte de Juliana.

“É uma indignação muito grande. Esses caras mataram minha filha”, desabafou Estela Marins, mãe de Juliana.

Manoel Marins é enfático ao distribuir culpas:

  • O Guia, por deixar Juliana sozinha.
  • A empresa que vende os passeios, descritos como fáceis mas com pouca estrutura.
  • O coordenador do Parque, que, segundo ele, demorou a acionar a Defesa Civil.

A prefeitura de Niterói, cidade natal de Juliana, custeou o traslado do corpo e prestou homenagem nomeando um mirante em sua memória.

Monte Rinjani: Uma Trilha Bela, Mas Perigosa?

A tragédia de Juliana expõe as falhas na estrutura e segurança do Parque Nacional Monte Rinjani. A trilha para o cume, a 3.700 metros, é desafiadora, podendo durar dias, e carece de sinalização e fiscalização adequadas. Outros incidentes foram registrados, como a queda de um turista malaio resgatado com fratura e a morte de outro turista meses antes.

Um turista brasileiro, Bernardo, relatou o despreparo: “Pagamos mais de mil reais por esse passeio, mas parece que o dinheiro não vai para os guias. É amadorismo total. Muitos sobem de chinelo”.

A médica Karina Oliani, especialista em resgates, avaliou que equipamentos adequados, como drones profissionais, poderiam ter ajudado a localizar Juliana rapidamente e possivelmente enviar suprimentos.

O Fantástico tentou contato com diversas autoridades indonésias – polícia, diretores do parque, ministérios – mas não obteve resposta, aumentando a frustração da família que busca respostas e justiça pela vida de Juliana Marins.

Saiba mais sobre a reportagem completa no site do Fantástico.

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