
Rússia: Assessor de Putin Alerta para Risco de ‘Guerra Nuclear’ se Ucrânia Tentar Retomar Territórios

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A tensão entre Rússia e Ucrânia atinge um novo patamar. Um assessor sênior do presidente Vladimir Putin emitiu um grave alerta que ressoa globalmente: a possibilidade de um conflito atômico se a Ucrânia, com o apoio de aliados da OTAN, tentar recuperar os territórios ocupados por tropas russas.
O Alerta Nuclear em Meio às Negociações
Vladimir Medinsky, figura chave que lidera a delegação russa nas negociações de paz diretas com Kiev, fez a declaração preocupante, reportada pela agência de notícias estatal Tass nesta segunda-feira (9). Suas palavras pintam um cenário sombrio para o futuro do conflito.
Medinsky comparou uma possível “trégua” superficial que não resulte em um acordo de paz duradouro a um conflito latente, citando como exemplo a disputa histórica por Nagorno-Karabakh entre Armênia e Azerbaijão. Segundo ele, tal situação levaria a uma escalada inevitável:
“Se interrompermos o conflito na linha de frente e não chegarmos a um acordo sobre uma paz real, apenas algum tipo de trégua, isso vai se transformar em algo como aquela região disputada entre Armênia e Azerbaijão, Karabkh. Depois de algum tempo, a Ucrânia se juntará à OTAN e, junto da OTAN e seus aliados, tentará reconquistar o território. Isso será o fim do planeta, será uma guerra nuclear.”
A declaração sublinha a seriedade da posição russa em relação ao controle das áreas já conquistadas e serve como um aviso direto à Ucrânia e seus parceiros ocidentais.
Condições Russas e a Resposta de Kiev
O assessor presidencial russo argumentou que Moscou não deseja “criar uma desculpa” para um conflito nuclear, mas sim busca “parar, fazer uma paz completa e reconhecer os novos territórios”. Esta é uma das condições centrais exigidas por Vladimir Putin para pôr fim à guerra na Ucrânia, que se arrasta desde fevereiro de 2022.
Entre outras exigências russas, estão o compromisso por escrito de líderes ocidentais para conter a expansão da OTAN para o leste europeu e a suspensão de parte das severas sanções econômicas impostas a Moscou.
Na semana passada, durante conversas na Turquia, a Rússia apresentou um documento que, na prática, exigia o reconhecimento russo sobre cerca de 20% do território ucraniano. Essa condição foi prontamente rejeitada por Kiev.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou a proposta russa, classificando-a não como um memorando de entendimento, mas como um “ultimato”:
“Não é um memorando de entendimento. Um memorando de entendimento deve ser assinado por duas partes, não apenas uma parte exigindo algo… Portanto, não pode ser chamado de memorando. É, afinal, um ultimato da Rússia para nós.”
A postura da Ucrânia permanece firme em não ceder território como condição para a paz.
Um Ponto de Acordo: A Troca de Prisioneiros
Em meio à retórica inflamada e à falta de consenso nas negociações de paz, um desenvolvimento positivo ocorreu: uma troca de prisioneiros entre Kiev e Moscou foi concluída nesta segunda-feira (9). Este evento se destaca como um raro sinal de cooperação prática entre os lados em conflito.
Embora detalhes sobre o número exato de prisioneiros trocados não tenham sido amplamente divulgados, o Ministério da Defesa da Rússia confirmou que a mesma quantidade de indivíduos foi libertada por ambos os lados. Volodymyr Zelensky anunciou que novas rodadas de trocas estão previstas para os próximos dias.
Enquanto a troca de prisioneiros oferece um lampejo de esperança humanitária, o caminho para a paz na Ucrânia continua repleto de obstáculos, com a sombra de uma possível escalada nuclear pairando sobre as discussões e o futuro da segurança global.
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