
Sidney Oliveira Preso: Dono da Ultrafarma é Alvo de Operação Contra Corrupção em SP

Uma notícia abalou o mundo dos negócios na manhã desta terça-feira: Sidney Oliveira, o conhecido fundador e rosto da rede de farmácias Ultrafarma, foi preso em uma megaoperação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A ação visa desarticular um sofisticado esquema de corrupção que envolve auditores fiscais da Secretaria da Fazenda do estado.
A Prisão do Empresário e os Detalhes da Operação
Sidney Oliveira foi detido em sua residência, uma chácara localizada em Santa Isabel, na Grande São Paulo. A prisão faz parte de uma investigação aprofundada do Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC), que apura fraudes em créditos tributários que podem ter gerado um prejuízo bilionário aos cofres públicos.
Como Funcionava o Esquema de Corrupção?
De acordo com as investigações, o esquema era supostamente liderado por um auditor fiscal de alto escalão da Fazenda estadual, identificado como Artur Gomes da Silva Neto, que também foi preso. Ele é acusado de manipular processos administrativos para favorecer grandes empresas, facilitando a quitação de débitos tributários em troca de propinas.
- O Cérebro: Um auditor fiscal da Diretoria de Fiscalização (DIFIS) é apontado como o comandante do esquema.
- A Fraude: Processos de crédito tributário eram manipulados para beneficiar empresas.
- A Propina: Em troca, o auditor recebia pagamentos mensais através de uma empresa registrada em nome de sua mãe, em uma clara tentativa de lavagem de dinheiro.
O Ministério Público estima que o esquema tenha movimentado cerca de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021. Para mais detalhes sobre as atribuições do órgão na investigação de crimes econômicos, você pode consultar o site oficial do Ministério Público de São Paulo.
Outros Envolvidos e Apreensões Milionárias
A operação não se restringiu ao dono da Ultrafarma. Outro nome de peso preso foi Mario Otávio Gomes, diretor estatutário do grupo Fast Shop, detido em seu apartamento na Zona Norte da capital paulista. As autoridades também cumpriram diversos mandados de busca e apreensão nas sedes das empresas e nas residências dos investigados.
Em um dos endereços, localizado em Alphaville, os agentes encontraram e apreenderam uma grande quantidade de dinheiro em espécie e pacotes de esmeraldas, evidenciando a dimensão dos valores movimentados pelo grupo.
Quais são os Próximos Passos?
A investigação é fruto de meses de trabalho, incluindo quebras de sigilo e interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça. Os envolvidos, incluindo Sidney Oliveira, poderão responder por uma série de crimes graves:
- Corrupção ativa e passiva;
- Organização criminosa;
- Lavagem de dinheiro.
Até o momento, as defesas dos empresários e as empresas citadas não se manifestaram oficialmente sobre o caso. O desenrolar desta operação promete novos capítulos e pode expor uma das maiores redes de corrupção fiscal do estado de São Paulo.
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