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Supertufão Ragasa: Hong Kong em Alerta Máximo Após Rastro de Destruição e Mortes no Sudeste Asiático

Supertufão Ragasa: Hong Kong em Alerta Máximo Após Rastro de Destruição e Mortes no Sudeste Asiático

temp_image_1758696339.691265 Supertufão Ragasa: Hong Kong em Alerta Máximo Após Rastro de Destruição e Mortes no Sudeste Asiático

O Sudeste Asiático enfrenta um de seus maiores desafios climáticos com a passagem do Supertufão Ragasa. Esta força imparável da natureza já deixou um rastro de devastação e perdas humanas em Taiwan e Filipinas, e agora mantém Hong Kong em alerta máximo. Com ventos furiosos e chuvas torrenciais, a região está paralisada, enquanto cientistas reforçam o alerta sobre a intensificação das tempestades devido às mudanças climáticas.

Ragasa: A Fúria da Natureza

Batizado de Ragasa, este supertufão atingiu a região com ventos máximos de 195 quilômetros por hora, classificando-o como uma das tempestades mais potentes dos últimos tempos. Sua trajetória devastadora começou no norte das Filipinas, avançou sobre o sul de Taiwan e, atualmente, castiga o sul da China, incluindo a metrópole de Hong Kong.

Rastro de Destruição e Tragédia

Os impactos do Ragasa são alarmantes:

  • Taiwan: Ao menos 14 mortes foram confirmadas no condado de Hualien após a ruptura de um dique lacustre, que inundou uma aldeia vizinha. O número de desaparecidos, inicialmente 30, subiu para 124, gerando profunda preocupação entre as autoridades e equipes de resgate.
  • Filipinas: Antes de chegar a Taiwan, o supertufão já havia causado a morte de pelo menos duas pessoas, além de derrubar árvores e arrancar telhados, forçando milhares a buscar refúgio em abrigos de emergência.

Hong Kong em Estado de Alerta Máximo

A cidade semiautônoma de Hong Kong declarou o nível 10 de alerta de furacão, o mais elevado. Desde o início da tempestade, a vida na metrópole foi drasticamente alterada:

  • Paralisação Total: O transporte público, incluindo serviços de ônibus e balsas, foi suspenso. Comércio e escolas permaneceram fechados por dois dias, transformando a dinâmica agitada da cidade em um cenário de calma tensa.
  • Preparação da População: Moradores, como Terence Choi, do bairro de Heng Fa Chuen, correram para estocar alimentos e água, temendo cortes de energia e abastecimento. Ondas de quase cinco metros foram observadas quebrando contra os calçadões.
  • Evacuações e Abrigos: As autoridades abriram 46 abrigos temporários e instalaram barreiras em áreas de risco, pedindo aos residentes de regiões baixas que permaneçam vigilantes contra inundações.
  • Impacto no Aeroporto: Embora o Aeroporto Internacional de Hong Kong permanecesse operacional, cerca de 500 voos da companhia local Cathay Pacific foram cancelados, causando “graves perturbações” nas viagens aéreas.

A Situação na China Continental

Ao norte de Hong Kong, na cidade chinesa de Shenzhen, foi ordenada a evacuação de 400 mil pessoas, um esforço monumental para garantir a segurança dos cidadãos. Outras dez grandes cidades no sul da China, que abrigam dezenas de milhões de pessoas, também suspenderam o expediente, as aulas e o transporte, demonstrando a magnitude da ameaça que o tufão representa para a região.

O Alerta das Mudanças Climáticas

A intensidade crescente de eventos como o supertufão Ragasa não é coincidência. Cientistas e especialistas em clima alertam repetidamente que as tempestades tropicais estão se tornando mais fortes e mais frequentes em virtude do aquecimento global. As Mudanças Climáticas, impulsionadas por atividades humanas, alteram os padrões climáticos globais, fornecendo mais energia para a formação e intensificação desses fenômenos.

A passagem do Ragasa serve como um lembrete sombrio da urgência em combater o aquecimento do planeta. Enquanto a reconstrução e a recuperação começam nas áreas afetadas, a comunidade internacional precisa redobrar seus esforços para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e proteger as regiões mais vulneráveis do mundo de futuras catástrofes.

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