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Tensão Extrema: Tiroteio no Pronto-Socorro de Rio Branco Choca o Acre

Tensão Extrema: Tiroteio no Pronto-Socorro de Rio Branco Choca o Acre

temp_image_1766297544.820486 Tensão Extrema: Tiroteio no Pronto-Socorro de Rio Branco Choca o Acre

Tensão Extrema: Tiroteio no Pronto-Socorro de Rio Branco Choca o Acre

Uma noite de sexta-feira (19) no Pronto-Socorro de Rio Branco, capital do Acre, transformou-se em cenário de caos e violência. Três homens foram baleados durante um incidente que envolveu seguranças da unidade hospitalar e policiais militares. O episódio, que gerou grande repercussão, levanta questões cruciais sobre a segurança em ambientes de saúde e a abordagem das forças policiais.

O Início da Confusão em Rio Branco

Os primos Leandro Araújo da Silva Souza, Diego Araujo da Silva e Raimundo Felipe da Guellere são as vítimas do tiroteio e permanecem internados. A sequência de eventos que levou aos disparos começou quando Leandro acompanhava seu pai, internado na área de semi-intensiva após um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Segundo relatos de Maria Francisca Souza da Silva, esposa de Leandro, a confusão se iniciou quando um funcionário do hospital solicitou que seu marido e sua cunhada, Sabrina Souza de Araújo, se retirassem da “sala vermelha”, uma área restrita onde o pai de Leandro recebia atendimento. A família alega que, inicialmente, um médico teria autorizado a presença dos acompanhantes, contradizendo a ordem posterior.

Escalada da Tensão e Ação da Segurança

O desentendimento escalou quando Leandro, após pedir para aguardar a chegada da irmã, foi confrontado por um diretor e seguranças. A família afirma que, mesmo após se dirigirem para a frente do Pronto-Socorro, a situação não se acalmou. Um segurança teria acusado Leandro de ameaças, o que levou ao acionamento da Polícia Militar.

Maria Francisca critica a forma como seu marido e a cunhada foram “arrastados” para fora, enfatizando que Leandro é “um cidadão de bem” e que não houve ameaças de sua parte, um fato que, segundo ela, poderia ser comprovado por câmeras de segurança.

Os Disparos e a Versão da Família

Cerca de uma hora após o incidente com a segurança, policiais militares chegaram ao local. A versão da família aponta para uma discussão acalorada que culminou na tentativa de prisão de Sabrina por desacato. Em meio ao tumulto, com a família tentando impedir a prisão e Maria Francisca gravando com o celular, um dos policiais teria puxado a arma e efetuado disparos, primeiro para cima, e em seguida outro policial também atirou.

Leandro e Felipe foram atingidos na altura da cintura, e Diego na perna. “Estamos aqui desesperados”, relatou a cozinheira, criticando veementemente a abordagem policial. “A polícia tem que ouvir as duas partes, somos pessoas de bem, não matamos e nem roubamos. Um policial de bem não aborda um civil dessa forma”, desabafou Maria Francisca.

O Pronunciamento Oficial: Sesacre e PMAC

Em nota conjunta, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e a Polícia Militar do Acre (PMAC) confirmaram o incidente, destacando “tentativas de acesso a setores restritos” do hospital que “ocasionaram tumulto”. Ambas as instituições afirmam que a intervenção foi necessária para “preservar a integridade de pacientes, profissionais de saúde e acompanhantes”.

A nota oficial informa que, durante a contenção, “houve reação” e que o caso está sendo “acompanhado e apurado pelos órgãos competentes”. Três pessoas ficaram feridas, recebendo atendimento médico imediato, e uma delas foi submetida a procedimento cirúrgico. A Sesacre e a PMAC reiteram o compromisso com a segurança e a transparência, afirmando que o atendimento no Pronto-Socorro segue normalmente.

Reflexões sobre Segurança Hospitalar em Rio Branco

Este trágico episódio em Rio Branco sublinha a crescente complexidade da segurança em hospitais e a delicada linha entre a contenção de tumultos e o uso da força. A disparidade nas narrativas – a da família, que alega uso excessivo e injustificado da força, e a das autoridades, que falam em “reação” durante a contenção – exige uma investigação minuciosa e transparente.

A sociedade aguarda respostas claras sobre o que de fato aconteceu no Pronto-Socorro de Rio Branco e quais medidas serão tomadas para garantir que incidentes como este não se repitam, assegurando tanto a segurança dos profissionais e pacientes quanto o direito de acompanhantes em momentos de fragilidade familiar.

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