
Tragédia na Amacor: Jovem Morre Após Lipoaspiração no Rio e Caso Acende Alerta sobre Segurança Estética

Tragédia na Amacor: Jovem Morre Após Lipoaspiração no Rio e Caso Acende Alerta sobre Segurança Estética
O Rio de Janeiro foi palco de uma notícia chocante que reacende o debate sobre a segurança em procedimentos estéticos. Marilha Menezes Antunes, de apenas 28 anos, faleceu tragicamente na última segunda-feira (8) durante uma lipoaspiração realizada no Hospital Amacor, em Campo Grande, Zona Oeste da cidade. O caso, agora sob investigação da Polícia Civil, levanta sérias questões sobre as condições e os protocolos de segurança em clínicas estéticas.
Um Sonho Interrompido: A História de Marilha e a Lipoaspiração Fatal
Marilha Menezes, técnica de segurança do trabalho e mãe de um filho de 6 anos, buscava realizar um sonho ao optar pelo procedimento estético. O que deveria ser um momento de celebração – a lipoaspiração era um presente de aniversário, segundo a família – transformou-se em uma fatalidade. A irmã da vítima, Carolina Menezes, descreve Marilha como uma pessoa saudável, tornando a perda ainda mais difícil de aceitar para os familiares, que estão em estado de choque e incredulidade.
A família acusa a clínica Amacor de não possuir os equipamentos adequados para emergências e de negligência por parte da equipe médica, alegando que o socorro foi tardio. Segundo Carolina, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) teria sido acionado apenas após a situação de complicação já estar instalada, uma acusação grave que aponta para falhas nos protocolos de emergência.
A Versão da Amacor e a Análise dos Fatos
Em contrapartida às acusações, o Hospital Amacor emitiu uma nota de esclarecimento, negando qualquer negligência. A unidade se apresenta como uma “One Day Clinic” (Hospital Dia), fornecendo apenas a infraestrutura para procedimentos realizados por equipes médicas terceirizadas. A clínica Amacor afirma que seu centro cirúrgico é devidamente equipado com todos os recursos essenciais para emergências cardiovasculares e respiratórias, incluindo desfibrilador bifásico e carrinho de parada cardiorrespiratória completo.
A nota da Amacor detalha que as manobras de ressuscitação cardiopulmonar foram iniciadas imediatamente, seguindo rigorosamente as diretrizes do Advanced Cardiac Life Support (ACLS). O médico responsável pelo procedimento teria relatado que Marilha sofreu uma broncoaspiração seguida de uma parada cardiorrespiratória. O SAMU confirmou o acionamento às 18h13, mas infelizmente, apesar dos esforços, Marilha não resistiu.
O que está sendo investigado:
- A adequação dos equipamentos de emergência no Hospital Amacor.
- O tempo de resposta da equipe médica e o acionamento do SAMU.
- A conduta profissional dos médicos terceirizados responsáveis pela cirurgia.
- A responsabilidade da Amacor enquanto provedora de infraestrutura.
Impacto e Reflexões sobre a Segurança em Procedimentos Estéticos
A trágica morte de Marilha no Hospital Amacor não é um caso isolado e reforça a urgência de uma discussão mais aprofundada sobre a regulamentação e fiscalização de clínicas e hospitais que realizam procedimentos estéticos. A busca pela beleza não pode custar a vida, e a segurança do paciente deve ser a prioridade máxima.
Para pacientes que consideram realizar qualquer procedimento estético, é fundamental pesquisar a fundo sobre a clínica, a equipe médica e as credenciais dos profissionais. Perguntas sobre a infraestrutura de emergência e os protocolos de segurança devem ser feitas sem hesitação. A vida é o bem mais precioso, e a decisão de submeter-se a uma cirurgia requer extrema cautela e informação.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) possui normativas claras sobre procedimentos médicos, buscando garantir a ética e a segurança. Além disso, órgãos de defesa do consumidor, como o Procon são importantes aliados em caso de dúvidas ou problemas.
O caso foi registrado na 35ª Delegacia de Polícia (Campo Grande) e encaminhado à Delegacia do Consumidor (Decon), que dará continuidade às investigações para apurar as responsabilidades e trazer justiça à família de Marilha Menezes Antunes. A comunidade aguarda por respostas e por medidas que previnam futuras tragédias como a ocorrida na Amacor.
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