
Ucrânia Confirma Ataque a Base Aérea Russa em Borisoglebsk: O Que Se Sabe

O cenário da guerra na Ucrânia continua dinâmico e tenso. Neste sábado, 5 de julho de 2025, as Forças de Segurança da Ucrânia (SBU) reivindicaram a autoria de um ataque direto contra uma importante base aérea russa localizada em Borisoglebsk, na região de Voronezh. A ação, que teria ocorrido na madrugada, marca mais um episódio da escalada militar no conflito que se estende por mais de três anos.
O Ataque Ucraniano em Borisoglebsk
Segundo comunicado divulgado pela SBU, o objetivo principal da ofensiva em Borisoglebsk era a base aérea que abriga aeronaves russas estratégicas, como os caças Su-34, Su-35S e Su-30SM. A nota detalhou que o ataque atingiu alvos cruciais dentro da instalação militar:
- Um depósito de bombas planadoras, munições de alto poder destrutivo.
- Uma aeronave de treinamento.
As forças ucranianas sugerem que outras aeronaves estacionadas na base aérea russa podem ter sido danificadas durante a operação, embora detalhes adicionais não tenham sido fornecidos de imediato. Até o momento da publicação, as autoridades da Rússia não emitiram confirmação oficial sobre o ataque ou seus resultados.
A Resposta Russa: Uma Onda de Drones
Em retaliação ao que Kiev classifica como uma ofensiva bem-sucedida, a Rússia desencadeou uma vasta onda de drones contra o território ucraniano. A Força Aérea da Ucrânia reportou o lançamento de 322 drones entre a noite de sexta-feira (4) e a madrugada de sábado (5). As defesas aéreas ucranianas afirmam ter abatido 157 desses aparelhos, enquanto outros 135 teriam se perdido devido a interferências eletrônicas.
A região mais visada pelos drones russos foi Khmelnytskyi, no oeste do país. No entanto, o governador local, Serhii Tyurin, informou que não houve registros imediatos de danos significativos, feridos ou fatalidades na área.
Contexto de Escalada no Conflito
O ataque à base aérea em Borisoglebsk e a subsequente resposta russa ocorrem em um momento de notável intensificação do conflito russo-ucraniano. Na sexta-feira (4), a Rússia já havia realizado o que militares ucranianos descreveram como o maior ataque aéreo desde o início da guerra em 2022. Ondas de mísseis e drones atingiram a capital, Kiev, resultando em duas mortes e 26 feridos, conforme balanço do prefeito Vitali Klitschko.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comentou sobre a escalada, associando o aumento dos ataques a uma conversa entre os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump e criticando a postura russa. “Mais uma vez, a Rússia demonstra que não tem intenção de terminar com a guerra e com o terror”, declarou Zelensky, acrescentando que “sem pressão em larga escala, a Rússia não mudará seu comportamento estúpido e destrutivo”.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sibiga, reforçou a crítica, afirmando que “Putin está mostrando claramente sua absoluta falta de consideração pelos Estados Unidos e por qualquer um que peça o fim da guerra”. Essa intensificação dos bombardeios acontece em meio a um cenário de estagnação nas negociações diretas e após os Estados Unidos anunciarem a suspensão do envio de parte de seu suporte militar, considerado vital para a defesa ucraniana.
Paralelamente, a Ucrânia também tem aumentado o uso de drones em ataques dentro do território russo, evidenciando a expansão geográfica do conflito. Recentemente, um incidente fatal foi registrado na Rússia após um drone ucraniano atingir um prédio residencial.
Os eventos deste sábado reforçam a dinâmica de ataques mútuos e a ausência de sinais claros de desescalada em um conflito que continua a impactar a segurança regional e global. Para saber mais sobre o histórico do conflito, consulte informações detalhadas sobre a Guerra Russo-Ucraniana na Wikipédia.
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