
A Versão da Defesa: Encontro de 2023 na Hípica não teve influência em Cid, diz advogado de Bolsonaro

A Versão da Defesa: Encontro de 2023 na Hípica não teve influência em Cid, diz advogado de Bolsonaro
Em um dos desdobramentos mais comentados das investigações que cercam o ex-presidente Jair Bolsonaro, um encontro ocorrido na Sociedade Hípica Paulista em 2023 ganhou destaque após ser citado por Mauro Cid em sua delação premiada. Agora, a defesa de Bolsonaro apresenta sua versão para os fatos, buscando esclarecer o episódio que foi interpretado por Cid como uma tentativa de influenciar seu testemunho.
O criminalista Paulo Cunha Bueno, um dos advogados de Jair Bolsonaro, enviou um despacho ao Supremo Tribunal Federal (STF) detalhando sua perspectiva sobre o polêmico encontro. Além de Bueno, estavam presentes Fábio Wajngarten, que também atuava para o ex-presidente, e Eduardo Kuntz, defensor de Marcelo Câmara.
O Que Aconteceu na Hípica em 2023?
Segundo o relato de Mauro Cid, veiculado através de um documento apresentado por sua mãe, Agnes Cid, o encontro durante um torneio de hipismo em São Paulo teria sido uma tentativa velada de influenciar sua colaboração com a justiça. No entanto, a versão de Paulo Cunha Bueno difere significativamente.
Bueno afirma que o contato inicial surgiu de um pedido do pai de Mauro Cid, General Lourena Cid, a Fábio Wajngarten. O objetivo? Conseguir uma vaga para a neta do General (filha de Mauro Cid) em um concorrido e caro torneio da Hípica. A defesa de Bolsonaro alega ter ajudado a obter a inscrição devido à amizade de Wajngarten com a família Cid.
A Versão do Advogado de Bolsonaro
Paulo Cunha Bueno descreve o encontro com a mãe de Mauro Cid como breve, amistoso e estritamente protocolar. Ele relata que Agnes Cid se dirigiu a ele para agradecer a ajuda com a inscrição da neta, mencionando como a participação e vitória da jovem no torneio eram um alento em meio a um momento familiar difícil.
O criminalista é enfático ao negar que qualquer discussão sobre a delação de Mauro Cid, as investigações em curso no STF ou a situação jurídica de Cid tenha ocorrido. “O encontro foi bastante breve, amistoso e absolutamente protocolar, dividindo o agradecimento da Sra. Agnes com os cumprimentos do peticionário pela importante conquista da jovem amazona. Nada para além disso”, sustenta Bueno em seu despacho.
Para reforçar sua versão, Bueno cita a própria fala de Agnes Cid, que, no documento entregue ao STF, teria afirmado que não foi questionada sobre a colaboração premiada naquele momento, e que, de qualquer forma, não teria informações a respeito. Essa declaração da mãe de Cid é utilizada pela defesa de Bolsonaro como prova de que o encontro de 2023 não teve a natureza de uma tentativa de interferência.
A defesa de Jair Bolsonaro, representada por Paulo Cunha Bueno, busca assim descredibilizar a interpretação de Mauro Cid sobre o evento na Sociedade Hípica Paulista, apresentando-o como um simples agradecimento por um favor pessoal, desprovido de qualquer intenção de influenciar o curso das investigações no STF.
Compartilhar: