×

Alexandre de Moraes Acusado: Eduardo Tagliaferro Denuncia Adulteração de Relatórios da PF no STF

Alexandre de Moraes Acusado: Eduardo Tagliaferro Denuncia Adulteração de Relatórios da PF no STF

temp_image_1757020316.846107 Alexandre de Moraes Acusado: Eduardo Tagliaferro Denuncia Adulteração de Relatórios da PF no STF

Alexandre de Moraes Acusado: Eduardo Tagliaferro Denuncia Adulteração de Relatórios da PF no STF

Uma denúncia explosiva lançada por Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), colocou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no centro de uma grave controvérsia. Foragido na Itália, Tagliaferro acusa Moraes de adulterar documentos e relatórios para justificar operações da Polícia Federal, em um depoimento remoto que sacudiu a Comissão de Segurança Pública do Senado Federal.

A Denúncia Chocante de Eduardo Tagliaferro contra Alexandre de Moraes

O cerne da acusação de Tagliaferro reside na suposta adulteração da data de uma petição crucial. Segundo seu relato, ele foi instruído a produzir um documento técnico após uma ação policial da PF, mas a data deste material teria sido alterada para fazê-lo parecer anterior à operação. Isso, conforme Tagliaferro, teria sido feito para evitar a impressão de que a PF agiu apenas com base em uma notícia de imprensa veiculada na época.

Os metadados apresentados por Tagliaferro à Comissão de Segurança Pública são o principal pilar de sua alegação. Eles indicam que o documento teria sido criado em 28 de agosto de 2022, às 10h33, mas foi anexado ao processo de investigação com a data de 22 de agosto. Uma diferença de seis dias que, se comprovada a adulteração intencional, levantaria sérias questões sobre a integridade dos procedimentos.

A Resposta Firme do Ministro Alexandre de Moraes

Diante das contundentes acusações, o ministro Alexandre de Moraes, por meio de sua assessoria, emitiu uma nota negando veementemente qualquer irregularidade. Ele sustenta que todos os procedimentos de investigação foram realizados dentro da legalidade e da mais estrita conformidade com as normas.

A nota oficial esclarece que, nos inquéritos como o Inq 4781 (Fake News) e o Inq 4878 (Milícias Digitais), diversas determinações e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, incluindo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O TSE, no exercício de seu poder de polícia, teria competência para elaborar relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação, discursos de ódio eleitoral e tentativa de golpe de Estado.

Moraes reforça que esses relatórios tinham como objetivo descrever, de forma objetiva, as postagens ilícitas nas redes sociais, diretamente ligadas às investigações de milícias digitais. Ele garante que os documentos foram anexados aos inquéritos, enviados à Polícia Federal para as diligências necessárias e sempre com o conhecimento da Procuradoria Geral da República (PGR). Segundo o ministro, todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos autos do STF, com a total participação da PGR.

Especificamente sobre a PET 10.543, o gabinete de Moraes afirma que, após a decisão do ministro relator em 19 de agosto, um relatório foi solicitado ao TSE, juntado aos autos em 29 de agosto, e imediatamente disponibilizado às partes. O recurso da PGR, por sua vez, não foi conhecido pelo STF em 9 de setembro, reforçando a alegação de regularidade dos procedimentos.

O Impacto e os Próximos Passos na Polêmica entre Moraes e Tagliaferro

A controvérsia envolvendo Alexandre de Moraes e Eduardo Tagliaferro levanta questões importantes sobre a transparência e a legalidade de procedimentos investigativos em instâncias superiores do judiciário brasileiro. A denúncia de adulteração de documentos, se confirmada, teria profundas implicações para a credibilidade das instituições e para as operações da Polícia Federal.

Enquanto Tagliaferro busca dar voz às suas acusações do exterior, o ministro Moraes mantém sua postura de defesa da lisura e regularidade dos atos. A sociedade aguarda ansiosamente por clareza e por desdobramentos que possam elucidar completamente essa complexa situação, que continua a dominar os debates no cenário político e jurídico nacional.

Compartilhar: