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CELAC: Lula Discursa Contra Tarifas e Defende Unidade Latino-Americana

CELAC: Lula Discursa Contra Tarifas e Defende Unidade Latino-Americana

temp_image_1744244335.394021 CELAC: Lula Discursa Contra Tarifas e Defende Unidade Latino-Americana


Lula na CELAC: Críticas às Tarifas e Apelo à Unidade Latino-Americana

Em um discurso contundente durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) em Honduras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou preocupação com as tarifas “arbitrárias” que, segundo ele, desestabilizam a economia internacional. Lula enfatizou a necessidade de maior união entre as nações sul-americanas e caribenhas diante das disputas por hegemonias globais.

“Guerras Comerciais Não Têm Vencedores”

Lula destacou que “guerras comerciais não têm vencedores”, em referência à política de tarifas implementada pelo governo dos Estados Unidos, que visava penalizar países considerados como tendo práticas comerciais desleais. Essa política gerou tensões com diversos países e blocos econômicos, incluindo a China e a União Europeia.

“Agora, nossa autonomia está novamente em cheque. Tentativas de restaurar antigas hegemonias pairam sobre nossa região”, afirmou o presidente, alertando para os riscos de fragmentação e a importância de uma resposta unificada da América Latina e do Caribe.

O Papel da CELAC e a Cooperação Regional

A CELAC, como o único mecanismo de diálogo que abrange todos os países em desenvolvimento do continente americano, assume um papel crucial nesse cenário. Lula pediu pela cooperação entre os países da região, ressaltando que a divisão poderia levar a um retrocesso e à subordinação a potências externas.

“Se seguirmos separados, a comunidade latino-americana e caribenha corre o risco de regressar à condição de zona de influência em uma nova divisão de superpotências. O momento exige que deixemos as nossas diferenças de lado”.

Liderança Feminina na ONU

Além das questões econômicas e geopolíticas, Lula aproveitou a oportunidade para defender a candidatura de uma mulher da região ao cargo de secretária-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele argumentou que a CELAC pode desempenhar um papel importante no resgate da credibilidade da ONU, elegendo a primeira mulher para liderar a organização.

Possíveis Candidatas:

  • Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile
  • Mia Mottley, primeira-ministra de Barbados
  • Rebeca Grynspan, ex-vice-presidente da Costa Rica

Apesar do apoio à ideia, a viabilização de uma candidatura latino-americana enfrenta o desafio de encontrar um nome de consenso em uma região marcada por divergências políticas.


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