
Celso Sabino no Limite: União Brasil se Prepara para Expulsar Ministro do Turismo em meio à Crise Política

Uma bomba política está prestes a explodir nos corredores do Congresso Nacional e no Planalto. O Ministro do Turismo, Celso Sabino, está na mira do seu próprio partido, o União Brasil, que se prepara para uma reunião crucial nesta quarta-feira para decidir sua expulsão por infidelidade partidária.
A notícia foi confirmada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), em uma postagem incisiva em suas redes sociais. Caiado deixou claro que a decisão de afastar Sabino é fruto de intensas conversas com o presidente nacional da sigla, Antonio Rueda. Este movimento radical do União Brasil sinaliza uma ruptura cada vez mais profunda com o governo Lula e promete acirrar ainda mais o já turbulento cenário político nacional.
O Ultimato e a Resistência de Celso Sabino
A tensão começou a escalar no último mês, quando o União Brasil, após formalizar uma federação com o Progressistas para consolidar-se como a maior frente de oposição, emitiu um ultimato: todos os cargos na Esplanada dos Ministérios deveriam ser entregues em 24 horas. No entanto, o Ministro Celso Sabino demonstrou firme resistência em deixar o governo Lula.
As motivações de Sabino são claras e ambiciosas: natural do Pará, o ministro almeja uma candidatura ao Senado em 2026 e vê sua permanência no Ministério do Turismo como estratégica. Especialmente crucial para ele é sua participação na organização e realização da COP30, um evento de projeção internacional que acontecerá em Belém (Pará) no próximo mês, colocando sua atuação em destaque.
Informações de bastidores, divulgadas por veículos como a Folha de S.Paulo, indicam que Sabino deve reiterar ao Presidente Lula sua intenção de permanecer no cargo, optando por enfrentar o processo de expulsão do que ceder à pressão partidária. É importante ressaltar que, caso seja expulso, ele mantém seu mandato de deputado federal licenciado pelo Pará, não sendo enquadrado na lei da fidelidade partidária para cargos eletivos nessa situação.
União Brasil: Oposição Firme e Reestruturação no Pará
A postura de Ronaldo Caiado, pré-candidato à presidência pelo União Brasil, é inequívoca: ele deseja que o partido atue de forma coesa e intransigente na oposição ao governo do PT. Para isso, Caiado defende a intervenção em diretórios estaduais que não se alinhem a essa visão, visando reestruturar a sigla com lideranças que realmente se oponham ao Planalto.
Nesse contexto, uma intervenção no diretório do União Brasil no Pará está em pauta. "Também decidiremos a dissolução do Diretório do Pará, com a consequente reestruturação do partido nos municípios daquele estado", declarou Caiado, demonstrando a intenção de fortalecer a linha oposicionista em todos os níveis da federação.
Apesar de possuir parlamentares simpáticos ao governo, a ala majoritária do União Brasil sempre cobrou uma ruptura mais contundente com o governo Lula. Essa posição se solidificou ainda mais quando Antonio Rueda decidiu apostar em uma candidatura de direita nas próximas eleições.
O Fator Antonio Rueda e a Intensificação da Crise
A escalada do tom contra o Planalto no União Brasil ganhou contornos ainda mais dramáticos após o presidente nacional da sigla, Antonio Rueda, ter sido ligado a investigações. A Polícia Federal incluiu Rueda em um inquérito que apura a infiltração de uma facção criminosa no mercado financeiro. A menção de Rueda por um piloto que teria trabalhado para o PCC, em entrevista a veículos de imprensa, intensificou o cenário, sugerindo que ele seria proprietário de aeronaves utilizadas para transporte de integrantes da facção.
Curiosamente, a decisão de investigar Rueda, ocorrida em 18 de setembro, foi seguida quase imediatamente pelo ultimato para o desembarque do União Brasil do governo Lula. O não cumprimento do prazo de 24 horas por Celso Sabino é visto como um enfraquecimento da executiva nacional e da liderança de Rueda dentro do partido.
O Que Vem Por Aí?
A reunião da executiva nacional do União Brasil será decisiva para o futuro de Celso Sabino e para a própria configuração política do partido. A permanência do ministro no governo Lula desafia diretamente a autoridade partidária e reforça a imagem de uma sigla que, apesar das divergências internas, busca um posicionamento mais claro e coeso na oposição.
Fique atento aos desdobramentos dessa crise que promete reconfigurar alianças e estratégias políticas rumo às eleições de 2026. A saga de Celso Sabino é um termômetro das complexas relações de poder na política brasileira.
Para saber mais:
- Acompanhe as últimas notícias de política no G1
- Leia mais sobre os bastidores do poder na Folha de S.Paulo
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