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Clima Tensa no STF: Moraes Manda Verificar Celular de Advogado em Audiência Chave

Clima Tensa no STF: Moraes Manda Verificar Celular de Advogado em Audiência Chave

temp_image_1755294536.567646 Clima Tensa no STF: Moraes Manda Verificar Celular de Advogado em Audiência Chave

O Ápice da Tensão: Moraes Suspeita de Gravação e Manda Averiguar Celular de Advogado

Um clima de alta tensão tomou conta de uma audiência crucial no Supremo Tribunal Federal (STF). Durante a acareação entre o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o coronel da reserva Marcelo Câmara, o ministro Alexandre de Moraes protagonizou um momento de confronto direto com o advogado de um dos réus, chegando a pedir que o celular do advogado fosse inspecionado por um segurança. O motivo? A suspeita de que a sessão, que deveria ser sigilosa, estivesse sendo gravada.

O Estopim: A Acareação sobre a Trama Golpista

O episódio ocorreu durante a acareação que busca esclarecer os detalhes da suposta trama golpista de 2022. No centro do depoimento, Mauro Cid e Marcelo Câmara discutiam o famigerado “Plano Punhal Verde e Amarelo”, que, segundo a Polícia Federal, previa o assassinato de autoridades, incluindo o próprio Moraes, o presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin.

Foi nesse contexto que Marcus Vinicius de Camargo Figueiredo, advogado do general da reserva Mário Fernandes (apontado como autor do plano), se manifestou. Ele tentou fazer uma “questão de ordem” para questionar Cid sobre a possível ligação entre o monitoramento da localização de Moraes e o plano de seu cliente.

A Reação de Moraes e a Verificação do Celular

O ministro Alexandre de Moraes negou o pedido do advogado, afirmando que não era o momento para suas perguntas. A insistência de Marcus Vinicius para que seu questionamento constasse nos autos elevou a temperatura da sala. Segundo relatos, Moraes teria dito que o advogado nem deveria participar da sessão, o que irritou o defensor.

Foi nesse momento que Moraes pediu a um segurança que verificasse o celular do advogado, para confirmar se a audiência, que por determinação judicial não podia ser gravada, estava sendo registrada. Exaltado, Marcus Vinicius entregou o aparelho, forneceu a senha e pediu respeito ao ministro, que respondeu pedindo o mesmo.

O incidente, embora resolvido no local, expõe a enorme pressão e o ambiente carregado que envolvem as investigações sobre os atos de 2022. O caso levanta debates sobre as prerrogativas da advocacia e os limites da autoridade judicial em sessões sigilosas. Para mais informações sobre o funcionamento e as decisões da corte, você pode consultar o site oficial do Supremo Tribunal Federal (STF).

Novas Revelações: Bolsonaro e a Ordem de Monitoramento

Além da tensão com o advogado, a acareação trouxe revelações importantes. Mauro Cid afirmou ter encaminhado a Marcelo Câmara duas ordens para monitorar os passos de Alexandre de Moraes. Segundo Cid, a segunda ordem partiu diretamente do então presidente Jair Bolsonaro.

  • Primeiro Pedido: Solicitado pelo major Rafael de Oliveira, um dos supostos articuladores do plano para assassinar autoridades.
  • Segundo Pedido: Vindo diretamente de Jair Bolsonaro, que, de acordo com Cid, suspeitava de encontros entre Moraes e o então vice-presidente Hamilton Mourão.

Câmara, por sua vez, negou ter realizado o monitoramento, afirmando ter apenas respondido a perguntas de Cid. Sua defesa reforçou que qualquer vigilância não teve relação com o “Plano Punhal Verde e Amarelo”. As investigações continuam, e cada depoimento adiciona uma nova peça a este complexo quebra-cabeça da política nacional.

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