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Crise no STF: Por que Alexandre de Moraes está isolado? O que você não vê no Instagram

Crise no STF: Por que Alexandre de Moraes está isolado? O que você não vê no Instagram

temp_image_1754037326.720346 Crise no STF: Por que Alexandre de Moraes está isolado? O que você não vê no Instagram

Brasília vive dias de alta tensão, e o epicentro do terremoto político tem nome e sobrenome: Alexandre de Moraes. Em um cenário de pressões internacionais e articulações de bastidores, uma crise sem precedentes se instalou no Supremo Tribunal Federal (STF), expondo uma fratura que nem mesmo um jantar presidencial conseguiu disfarçar. Enquanto as redes sociais, como o Instagram, permanecem em silêncio sobre o assunto, os corredores do poder fervem com uma disputa que pode redefinir os rumos da nação.

A Sanção Internacional que Desencadeou a Crise

O estopim da crise foi a notícia de que o governo dos Estados Unidos impôs ao ministro Alexandre de Moraes uma severa sanção com base na Lei Magnitsky Global. Essa legislação permite que os EUA apliquem punições, como o congelamento de ativos e a proibição de transações com o sistema financeiro americano, a indivíduos acusados de violações de direitos humanos e corrupção em qualquer lugar do mundo.

Ao ser informado, Moraes agiu rapidamente. Sua primeira iniciativa foi buscar um apoio unânime de seus pares na Suprema Corte. O objetivo era redigir uma carta contundente, assinada por todos os 11 ministros, em sua defesa e em repúdio à decisão americana. A resposta, no entanto, foi uma grande decepção.

Racha no Supremo: A Unanimidade que Nunca Veio

A tentativa de Moraes de demonstrar força e coesão esbarrou na resistência interna. Mais da metade dos ministros do STF considerou inadequado que a Corte, como instituição, se manifestasse formalmente contra uma decisão soberana do governo dos EUA. A percepção era de que um movimento como esse poderia arrastar o Supremo para um conflito diplomático desnecessário.

No lugar da carta enérgica, a solução foi uma nota institucional de tom ameno, assinada apenas pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que sequer mencionava os Estados Unidos. A mensagem era clara: Alexandre de Moraes não teria o apoio incondicional que esperava.

O Jantar no Alvorada: A Foto que Faltou

Em uma nova tentativa de contornar a crise e projetar uma imagem de unidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva organizou um jantar no Palácio da Alvorada para os ministros do STF. A ideia era recriar o clima de solidariedade visto após os atos de 8 de janeiro, com uma foto poderosa dos chefes de Poderes defendendo a soberania nacional.

O resultado foi um fiasco. Dos 11 ministros, apenas 6 compareceram, explicitando publicamente o racha na Corte. A ausência de cinco magistrados transformou o que deveria ser um ato de força em uma demonstração de fraqueza e divisão.

  • Presentes: Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes e Roberto Barroso.
  • Ausentes: André Mendonça, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux e Nunes Marques.

As Consequências de um Supremo Dividido

A divisão no Supremo Tribunal Federal vai além de uma simples discordância. Há um sentimento crescente entre os ministros de que as ações de Alexandre de Moraes, especialmente em decisões de grande repercussão, estão levando a Corte a um “caminho sem volta”, isolando-a e gerando atritos desnecessários.

Linguagens consideradas excessivamente duras em seus despachos, como a sugestão de que os EUA seriam “inimigos estrangeiros”, têm gerado forte incômodo interno. O racha, agora visível, sinaliza que o ministro pode encontrar mais dificuldades para aprovar suas teses e manter a coesão da Corte em momentos cruciais. A crise está instalada, e seus desdobramentos são imprevisíveis para o equilíbrio dos Poderes no Brasil.

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