
Eleições no Equador: Noboa Rumo à Reeleição em Meio a Tensão e Violência

Eleições no Equador: Noboa Consolida Liderança em Segundo Turno Marcado por Tensão
Com a apuração de mais de 83% das atas eleitorais, o presidente Daniel Noboa parece caminhar rumo à reeleição no Equador. Ele detém 55,94% dos votos, superando a opositora Luisa González, que alcançou 44,06% no segundo turno realizado neste domingo (13). A expressiva vantagem de Noboa surpreende, considerando o empate técnico apontado pelas pesquisas de intenção de voto e a pequena diferença no primeiro turno, de apenas 0,17 ponto percentual.
Alta Comparecimento e Clima de Tensão
A participação eleitoral superou 83%, um número considerável e ligeiramente superior ao do primeiro turno. Apesar disso, o clima de tensão prevalece no cenário político equatoriano. Noboa decretou estado de exceção na véspera da votação, implementando restrições a reuniões e suspendendo a inviolabilidade domiciliar, medidas que geraram críticas da oposição.
Desafios Pós-Pandemia e a Crise da Segurança Pública
Governar o Equador no período pós-pandemia é uma tarefa complexa. A fragmentação e o crescimento de grupos armados ligados ao narcotráfico intensificaram a violência no país. Essa escalada afeta a economia, a qualidade de vida e a imagem do Equador no cenário internacional.
- Impacto Econômico: Comércios são extorquidos, gerando instabilidade.
- Qualidade de Vida: Aumento de assassinatos e emigração forçada.
- Reputação Internacional: O país enfrenta desafios para conter a violência.
Embora tenha ocorrido uma leve redução nos homicídios dolosos no último ano, a taxa de criminalidade ainda é alarmante, atingindo 38 por 100 mil habitantes – a mais alta da América Latina.
Guayaquil: Epicentro da Crise
A cidade portuária de Guayaquil, com seus 2,6 milhões de habitantes, tornou-se o foco das campanhas eleitorais. A região enfrenta graves problemas relacionados à criminalidade e à militarização da segurança pública.
Outros Desafios: Crise Energética e Legado de 2023
A crise energética também representa um desafio crucial para o novo governo. O sistema hidroelétrico, que antes impulsionava o país, demonstra sinais de falência. Além disso, as eleições de 2023 foram marcadas pela dissolução do governo de Guillermo Lasso, que recorreu ao mecanismo constitucional da “morte cruzada” para evitar um impeachment. Em um pleito conturbado, Noboa e González se enfrentaram, resultando na eleição do jovem herdeiro para um mandato-tampão de 17 meses.
Acompanhe as atualizações e análises sobre as eleições no Equador e seus impactos no futuro do país.
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