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Escândalo Epstein: Suposta Nota de Donald Trump em Livro de Aniversário Agita o Congresso e a Casa Branca

Escândalo Epstein: Suposta Nota de Donald Trump em Livro de Aniversário Agita o Congresso e a Casa Branca

temp_image_1757409141.178629 Escândalo Epstein: Suposta Nota de Donald Trump em Livro de Aniversário Agita o Congresso e a Casa Branca

Escândalo Epstein: Suposta Nota de Donald Trump em Livro de Aniversário Agita o Congresso e a Casa Branca

Uma nova onda de documentos relacionados ao falecido financista e pedófilo condenado Jeffrey Epstein veio à tona, e entre eles, um item em particular está gerando grande alvoroço: uma cópia de um “livro de aniversário” de 2003 que contém uma nota supostamente assinada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump. A divulgação desses arquivos, que também incluem o testamento de Epstein e sua agenda pessoal recheada de contatos de alto escalão, intensifica a pressão sobre a Casa Branca por mais transparência no caso, reacendendo debates políticos e aprofundando o mistério em torno das conexões do bilionário caído.

A Revelação Chocante: Um Livro de Aniversário e um Nome Famoso

O livro, intitulado “Os Primeiros Cinquenta Anos”, foi compilado em 2003 por Ghislaine Maxwell – co-conspiradora e ex-namorada de Epstein, condenada em 2021 por tráfico de meninas para fins sexuais. Nele, uma série de “contribuições” de diversas personalidades conectadas a Jeffrey Epstein foram incluídas, celebrando seu 50º aniversário, três anos antes das primeiras acusações públicas de abuso sexual se tornarem de conhecimento público.

A nota atribuída a Donald Trump, que na época era amigo de Epstein, apresenta um desenho do corpo de uma mulher e as linhas finais intrigantes: “Feliz Aniversário – e que cada dia seja outro segredo maravilhoso.” Essa suposta mensagem coloca o ex-presidente novamente no centro das discussões sobre as extensas e questionáveis relações de Epstein, alimentando especulações e demandas por explicações.

A Reação da Casa Branca e a Negativa de Trump

A Casa Branca rapidamente se manifestou, negando veementemente a autenticidade da nota. Porta-vozes afirmaram que o ex-presidente “não fez este desenho, e ele não o assinou”, classificando o documento como uma “falsificação”. Quando a nota foi inicialmente reportada pelo Wall Street Journal em julho, Trump já havia desmentido a autoria, chegando a entrar com um processo de US$10 bilhões contra o jornal por danos.

Após a divulgação dos documentos pelo Comitê de Supervisão da Câmara dos EUA, a assessora de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, reiterou que a equipe jurídica de Trump continuará a “buscar agressivamente a litigação” contra o Wall Street Journal. Robert Garcia, o democrata de maior escalão no painel de supervisão, criticou a postura de Trump, alegando que o ex-presidente mentiu sobre a existência da nota para encobrir a verdade.

Implicações Políticas e a Pressão por Transparência

A liberação desses documentos não é apenas um fato jornalístico; é um movimento político com profundas implicações. O Comitê de Supervisão da Câmara obteve os arquivos após intimar os executores do patrimônio de Epstein, respondendo à crescente demanda por mais clareza sobre as investigações em torno do financista.

Contudo, a ação tem gerado tensões partidárias. O presidente republicano do comitê, James Comer, acusou os democratas de “selecionar documentos e politizar informações” para fins eleitorais. Ele assegurou que o foco republicano permanece na condução de uma investigação completa para trazer transparência e responsabilidade para as vítimas dos crimes hediondos de Epstein e para o povo americano.

Outras Conexões de Alto Perfil nos Documentos Epstein

Além da polêmica nota de Donald Trump, o livro de aniversário e os demais documentos revelam a impressionante teia de contatos de Jeffrey Epstein. Há outra nota que parece ser do ex-presidente Bill Clinton, que faz menção à “curiosidade infantil” de Epstein. Um porta-voz de Clinton reconheceu o conhecimento de Epstein na época, mas afirmou que o ex-presidente desconhecia seus crimes.

O livro também contém uma mensagem de Lord Peter Mandelson, ex-embaixador britânico nos EUA, que chama Epstein de “meu melhor amigo”, embora um porta-voz de Mandelson tenha declarado que ele “lamenta muito ter sido apresentado a Epstein”. O Príncipe Andrew, que enfrentou acusações relacionadas à saga Epstein e negou qualquer irregularidade, é brevemente mencionado em uma nota de uma mulher não identificada, que afirma ter conhecido o Príncipe, Clinton e Trump através de Epstein, e até ter “sentado no trono da Rainha da Inglaterra” em uma visita ao Palácio de Buckingham.

O Legado Sombrio de Jeffrey Epstein

Jeffrey Epstein foi indiciado pela primeira vez em 2006 na Flórida por acusação de solicitação de prostituição e morreu na prisão em 2019, enquanto aguardava julgamento por outras acusações. A liberação contínua de seus documentos pessoais e as investigações subsequentes servem como um lembrete sombrio da extensão de seus crimes e das redes de influência que ele construiu.

A busca por respostas e justiça para as vítimas do escândalo Epstein continua, e cada nova revelação, especialmente aquelas que envolvem figuras públicas proeminentes como Donald Trump, reforça a necessidade de total transparência e responsabilização em um dos casos mais perturbadores da história recente.

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