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Hugo Motta na Câmara: Mão de Ferro Contra ‘Motim’ da Oposição?

Hugo Motta na Câmara: Mão de Ferro Contra ‘Motim’ da Oposição?

temp_image_1754699833.598593 Hugo Motta na Câmara: Mão de Ferro Contra 'Motim' da Oposição?

O cenário político brasileiro foi sacudido por uma decisão de pulso firme vinda da presidência da Câmara dos Deputados. Hugo Motta, no comando da Casa, determinou o encaminhamento à Corregedoria dos pedidos de afastamento de 15 deputados, sendo 14 da oposição e uma da base governista. A medida, que pode suspender os mandatos por até seis meses, é uma resposta direta ao que foi descrito como um “motim” no Congresso.

O Estopim da Crise: O que Aconteceu na Câmara?

A tensão atingiu o ápice quando um grupo de parlamentares, majoritariamente do Partido Liberal (PL) e do Novo, ocupou a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. A ação teve como objetivo obstruir os trabalhos legislativos, criando uma cena de caos e paralisia no coração do poder legislativo.

Em um episódio separado, mas que também compõe o pacote de denúncias, uma deputada do PT é acusada de agressão física contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante uma acalorada discussão.

A Resposta de Hugo Motta e os Próximos Passos

Diante da gravidade dos fatos, a Mesa Diretora, sob a liderança de Hugo Motta, agiu rapidamente. Em nota oficial, a Secretaria-Geral da Mesa informou que “a fim de permitir a devida apuração do ocorrido, decidiu-se pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise”.

O processo agora segue um rito formal:

  • Análise na Corregedoria: O órgão irá analisar as imagens e as denúncias para elaborar um parecer.
  • Retorno à Mesa Diretora: Com o parecer em mãos, a Mesa decide se dá prosseguimento ao caso.
  • Votação no Conselho de Ética: Se o processo avançar, caberá ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar a decisão final sobre o afastamento dos parlamentares.

Quem são os Deputados na Mira?

A lista de deputados que podem ser afastados inclui nomes conhecidos da ala bolsonarista e da oposição. As acusações são variadas e graves:

  1. Obstrução e “Sequestro” da Mesa: Parlamentares como Marcel van Hattem (Novo-RS) e Daniel Bilynskyj (PL-SP) são acusados de “tomar de assalto” a Mesa Diretora, impedindo fisicamente a continuidade dos trabalhos.
  2. Agressão e Intimidação: O deputado Zé Trovão (PL-SC) foi acusado de tentar impedir fisicamente o retorno de Hugo Motta à cadeira da presidência e de agredir o jornalista Guga Noblat.
  3. Uso de Criança como “Escudo”: A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) enfrenta a grave acusação de ter usado sua filha de quatro meses como um “escudo humano” em meio à tensão. A parlamentar nega e afirma que esquerdistas “odeiam a maternidade”.
  4. Agressão Mútua: A deputada Camila Jara (PT-MS) é acusada de empurrar Nikolas Ferreira, enquanto sua assessoria alega que ela apenas se defendeu em um “empurra-empurra” generalizado.

Um Futuro Incerto no Congresso

A decisão de Hugo Motta de levar o caso adiante representa um dos momentos de maior tensão na Câmara dos Deputados nos últimos anos. O desfecho no Conselho de Ética não apenas selará o destino dos 15 parlamentares, mas também servirá como um termômetro para o nível de polarização e para os limites do debate político no Brasil. A crise está instalada, e os próximos capítulos prometem ser decisivos.

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