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Operação da PF Mira Deputado Júnior Mano em Investigação de Fraudes no Ceará

Operação da PF Mira Deputado Júnior Mano em Investigação de Fraudes no Ceará

temp_image_1751972685.059416 Operação da PF Mira Deputado Júnior Mano em Investigação de Fraudes no Ceará

Operação da PF Mira Deputado Júnior Mano em Investigação de Fraudes no Ceará

A manhã desta terça-feira foi marcada por uma intensa ação da Polícia Federal (PF) na Câmara dos Deputados, em Brasília. O foco da operação é uma investigação complexa que apura a atuação de uma organização criminosa suspeita de desviar vultosos recursos públicos no estado do Ceará.

Um dos alvos centrais dos mandados de busca e apreensão é o gabinete do Deputado Federal Júnior Mano (PSB-CE). Além da Câmara, endereços vinculados ao parlamentar tanto em Brasília quanto no Ceará também estão sob escrutínio da PF, juntamente com locais ligados a outros cinco investigados neste esquema.

Entenda a Investigação: Desvios e Campanhas Políticas

As apurações indicam que o grupo criminoso orquestrava fraudes em processos licitatórios e contratos públicos. O dinheiro obtido ilegalmente teria sido utilizado para financiar campanhas políticas no Ceará, especialmente nas eleições municipais realizadas no ano anterior.

A reportagem buscou contato com o Deputado Júnior Mano para obter um posicionamento, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria. O parlamentar também não se manifestou publicamente sobre o caso em suas plataformas de redes sociais até o momento.

Detalhes da Operação e Medidas Judiciais

A ação da PF cumpre um total de 15 mandados de busca e apreensão. As ordens foram expedidas pelo Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), instância responsável por investigar parlamentares federais.

As buscas acontecem simultaneamente em Brasília e em cinco municípios cearenses:

  • Fortaleza
  • Nova Russas
  • Eusébio
  • Canindé
  • Baixio

O caso tramita sob sigilo no STF. Além dos mandados de busca, a Justiça autorizou a quebra de sigilo telefônico dos celulares apreendidos e, crucialmente, determinou o bloqueio de impressionantes R$ 54,6 milhões. Este bloqueio atinge contas bancárias tanto de pessoas físicas quanto jurídicas envolvidas na investigação.

A PF explica que o objetivo principal dessas medidas é interromper a circulação de valores de origem ilícita e salvaguardar os recursos, preparando o terreno para uma eventual determinação judicial de reparação aos cofres públicos.

A Controladoria-Geral da União (CGU) ofereceu apoio técnico fundamental para o desenvolvimento das investigações.

O Esquema de Desvios

Segundo a PF, o núcleo central da organização criminosa atuava articulando o direcionamento de verbas públicas para municípios específicos no Ceará. Em troca desse favorecimento, uma parcela significativa desses recursos era desviada em pagamentos ilegais.

O grupo também é suspeito de manipular procedimentos licitatórios, utilizando empresas a eles vinculadas para garantir que contratos públicos fossem direcionados de forma fraudulenta.

As condutas sob investigação abrangem crimes graves, incluindo:

  • Organização Criminosa
  • Captação Ilícita de Sufrágio (compra de votos)
  • Lavagem de Dinheiro
  • Falsidade Ideológica com Fim Eleitoral

A investigação sobre o deputado Júnior Mano e demais envolvidos segue em curso no STF, buscando desarticular completamente o esquema e responsabilizar os culpados.

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