
Paises do BRICS Reagem à Ameaça de Tarifas dos EUA e Defendem Cooperação Global

Paises do BRICS Reagem à Ameaça de Tarifas dos EUA e Defendem Cooperação Global
O cenário geopolítico e comercial internacional ganhou um novo capítulo de tensão. Após a ameaça dos Estados Unidos de impor tarifas adicionais de 10% sobre produtos de países que considerem alinhados com as “políticas anti-americanas dos paises do BRICS“, o bloco de economias emergentes, com destaque para a China, reagiu rapidamente, defendendo sua natureza cooperativa e refutando as acusações.
China Refuta Ameaça e Esclarece o Papel do BRICS
Em Pequim, a porta-voz do Ministério do Exterior chinês, Mao Ning, foi enfática ao rebater a declaração americana. Ela destacou que “o mecanismo BRICS é uma plataforma importante para a cooperação entre mercados emergentes e países em desenvolvimento”. Segundo Ning, o grupo “defende abertura, inclusão e cooperação ganha-ganha e não tem nenhum país como alvo”, contrariando a premissa de alinhamento “anti-americano”.
A postura chinesa, que reflete o pensamento geral dos paises do BRICS, é clara: tarifas e protecionismo não beneficiam ninguém. “No que diz respeito à imposição de tarifas, a China declarou repetidamente sua posição de que não há vencedores em guerras comerciais e tarifárias e o protecionismo não leva a lugar nenhum”, afirmou a porta-voz, sublinhando a oposição do bloco a medidas que distorcem o comércio global.
Declaração do Rio Reafirma Posição Contra Protecionismo
A reação chinesa está em total sintonia com a posição conjunta dos paises do BRICS expressa na Declaração do Rio de Janeiro, documento final da cúpula realizada no Brasil. O texto condena “medidas protecionistas unilaterais, que causam disrupções deliberadas nas cadeias globais de fornecimento e produção e distorcem a concorrência”.
A declaração do grupo, composto por economias cruciais como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, bem como seus novos membros, manifestou “sérias preocupações com o aumento de medidas tarifárias e não tarifárias unilaterais que distorcem o comércio e são inconsistentes com as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio)“. Este ponto reforça o compromisso dos paises do BRICS com um sistema de comércio multilateral baseado em regras.
BRICS Busca Liderança na Governança Global
Durante a cúpula, Li Qiang, representante chinês, ressaltou a ambição dos paises do BRICS de serem “a vanguarda na reforma da governança global”. Ele observou que “mudanças que não eram vistas há um século estão se desenrolando hoje a um ritmo acelerado”, e que “as regras e a ordem internacionais estão sendo severamente desafiadas, e a autoridade e a eficácia das instituições multilaterais continuam a diminuir”.
Essa visão aponta para o desejo dos paises do BRICS de moldar um futuro onde as economias emergentes tenham voz proporcional ao seu crescente peso no cenário mundial. A busca por um sistema global mais justo e representativo é um pilar da atuação do bloco no plano internacional. Saiba mais sobre a história e a evolução do BRICS.
Conclusão: Um Bloco Unido Contra Medidas Unilaterais
A resposta coesa dos paises do BRICS à ameaça tarifária dos EUA demonstra a solidez do bloco em defender seus interesses e princípios. Longe de se apresentar como um grupo anti-qualquer nação, o BRICS reafirma seu papel como plataforma de cooperação para o desenvolvimento e como defensor de um sistema multilateral de comércio justo e aberto, em oposição a medidas unilaterais que desestabilizam a economia global.
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