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Paquistão Nega Retaliação a Israel em Cenário de Ataque Nuclear ao Irã

Paquistão Nega Retaliação a Israel em Cenário de Ataque Nuclear ao Irã

temp_image_1750132458.184577 Paquistão Nega Retaliação a Israel em Cenário de Ataque Nuclear ao Irã

Paquistão Desmente Irã Sobre Retaliação a Israel

Em meio a crescentes tensões geopolíticas, o Paquistão, uma nação com capacidade nuclear, veio a público para esclarecer sua posição em relação a um possível conflito na região, especificamente envolvendo Irã e Israel.

Ministro da Defesa do Paquistão Reage a Declaração Iraniana

O ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Asif, negou categoricamente neste domingo (15 de junho de 2025) as afirmações anteriores que sugeriam que Islamabad retaliaria Israel caso a República Islâmica do Irã fosse alvo de um ataque nuclear.

As declarações de Asif visam dissipar rumores e reiterar a doutrina nuclear paquistanesa. "O Paquistão é signatário de todas as normas nucleares internacionais. Nossa capacidade nuclear existe para o benefício do nosso povo e para a defesa do nosso país contra os planos hostis de nossos inimigos", afirmou o ministro. Ele enfatizou que o arsenal nuclear paquistanês é estritamente para fins de defesa nacional e não para ser utilizado em resposta a ataques contra outros países.

Contraponto do Irã e Táticas "Ocultas"

A necessidade desse esclarecimento surgiu após o general Mohsen Rezaei, uma figura proeminente na Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) e membro do Conselho de Segurança Nacional do Irã, ter declarado publicamente que o Paquistão teria prometido retaliar Israel em caso de um ataque nuclear iraniano. Rezaei também adicionou que o Irã possuía capacidades militares "ocultas" não reveladas, intensificando a retórica na região.

Paquistão Pede União Muçulmana Contra Israel

Paralelamente à negação de retaliação militar em nome do Irã, o ministro Khawaja Asif adotou uma postura firme em outra frente diplomática. Em um discurso proferido na Assembleia Nacional do Paquistão em 14 de junho, Asif fez um apelo apaixonado pela união dos países muçulmanos em resposta às ações de Israel na região.

"Israel tem como alvo o Irã, o Iêmen e a Palestina. Se as nações muçulmanas não se unirem agora, todas enfrentarão o mesmo destino", alertou Asif. Ele defendeu que os países islâmicos que mantêm laços diplomáticos com Israel considerem romper essas relações como um sinal de solidariedade.

O ministro paquistanês também instou a Organização da Cooperação Islâmica (OIC) a convocar uma reunião urgente para delinear uma estratégia conjunta para lidar com a situação. (Para saber mais sobre a Organização da Cooperação Islâmica, clique aqui).

Implicações Regionais

As recentes declarações do Paquistão sublinham a complexidade das relações e alianças no Oriente Médio e na Ásia Meridional. Ao mesmo tempo em que Islamabad reafirma sua doutrina de uso defensivo para sua capacidade nuclear (um ponto crucial para sua credibilidade internacional, especialmente em relação às normas da Agência Internacional de Energia Atômica – IAEA), o país busca um papel de liderança na mobilização política e diplomática do mundo muçulmano.

A posição do Paquistão, uma potência nuclear no mundo islâmico, é observada atentamente, pois reflete a busca por um equilíbrio delicado entre a segurança nacional, as responsabilidades internacionais e a solidariedade regional.

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