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Paulo Figueiredo no Congresso Americano: Confronto Tenso com Líder de Direitos Humanos e Ironia nos EUA

Paulo Figueiredo no Congresso Americano: Confronto Tenso com Líder de Direitos Humanos e Ironia nos EUA

temp_image_1750854640.565672 Paulo Figueiredo no Congresso Americano: Confronto Tenso com Líder de Direitos Humanos e Ironia nos EUA

Paulo Figueiredo no Congresso Americano: Confronto Tenso com Líder de Direitos Humanos e Ironia nos EUA

Em uma audiência marcante na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados dos EUA, realizada nesta terça-feira em Washington, Paulo Figueiredo, neto do último presidente do regime militar brasileiro, encontrou um obstáculo inesperado: a ironia afiada de um dos mais respeitados defensores dos direitos humanos no Congresso Americano, o deputado democrata Jim McGovern.

Figueiredo compareceu à audiência repetindo alegações infundadas sobre uma suposta “ditadura” no Brasil e direcionando críticas ao ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “ditador de fato”. Seu objetivo, alinhado a setores da extrema direita brasileira e americana, era solicitar sanções contra autoridades do governo brasileiro.

O Momento da Tensão: Segurança Política em Foco

Se a narrativa de Figueiredo encontrou eco em alguns congressistas republicanos, a dinâmica mudou drasticamente quando Jim McGovern, co-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, tomou a palavra. Em resposta às denúncias de Figueiredo sobre suposta repressão no Brasil, McGovern proferiu uma frase carregada de ironia que provocou risadas na sala:

“Fico feliz que você (Figueiredo) se sinta seguro como jornalista nos EUA. Não tenho certeza se me sinta seguro como político nos EUA, mas essa é a realidade.”

A fala de McGovern, que subverteu a tentativa de Figueiredo de pintar o Brasil como um país inseguro para opositores, levou o neto do ex-presidente a interrompê-lo, questionando se havia algum político americano preso.

Rebates Contundentes e Exemplos dos EUA

A resposta do deputado americano foi imediata e direta, citando incidentes recentes que abalaram o cenário político dos EUA:

  • Senador Alex Padilla: McGovern mencionou o caso do senador democrata da Califórnia, que na semana anterior foi algemado e jogado ao chão ao tentar fazer uma pergunta a uma secretária do governo.
  • Assassinato Político: Referiu-se também ao assassinato de uma senadora estadual de Minnesota, cujo agressor possuía uma lista de alvos.

Estes exemplos serviram para refutar a tentativa de Figueiredo de comparar a situação brasileira (baseada em alegações de censura) com a segurança física dos políticos nos Estados Unidos, destacando que mesmo nos EUA, incidentes graves de segurança política ocorrem.

O Último Diálogo: “Tentando Salvar a Nossa Democracia”

Em uma última tentativa de ironia, Paulo Figueiredo convidou o deputado americano a ir ao Brasil e “tentar” viver a situação. McGovern encerrou o debate com uma declaração poderosa, alinhada à sua trajetória:

“Estou tentando salvar a nossa democracia.”

Quem é Jim McGovern?

Considerado uma das vozes mais fortes em direitos humanos no Congresso Americano e internacionalmente, Jim McGovern defende que esta não deve ser uma pauta partidária. Sua atuação inclui apoio a programas sociais e de saúde, defesa do fechamento de Guantánamo, oposição à tortura e ações em favor de populações perseguidas globalmente, como os Rohingya e tibetanos. Seu histórico confere peso significativo ao seu posicionamento durante a audiência.

O episódio evidencia o contraste de narrativas sobre a situação política no Brasil sendo levadas a fóruns internacionais e como elas são percebidas e desafiadas por figuras com profundo engajamento na defesa dos direitos humanos globais no Congresso Americano.

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