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Queda do Avião Embraer no Cazaquistão: Putin Admite Culpa da Rússia em Acidente Fatal

Queda do Avião Embraer no Cazaquistão: Putin Admite Culpa da Rússia em Acidente Fatal

temp_image_1760091564.824995 Queda do Avião Embraer no Cazaquistão: Putin Admite Culpa da Rússia em Acidente Fatal

Queda do Avião Embraer no Cazaquistão: Putin Admite Culpa da Rússia em Acidente Fatal

Em um desdobramento que repercute globalmente e marca um ponto crucial nas relações internacionais, o presidente russo, Vladimir Putin, fez uma admissão formal e sem precedentes nesta quinta-feira, 9 de novembro de 2024: a Rússia é a responsável pela trágica queda de um avião Embraer 190 da Azerbaijan Airlines. O incidente, ocorrido em 25 de dezembro de 2024, no Cazaquistão, resultou na morte de 38 pessoas e intensificou as tensões diplomáticas na região.

Detalhes da Tragédia: O Voo Baku-Grozni e o Desvio Fatal

A aeronave, um moderno modelo Embraer 190, decolou da movimentada capital do Azerbaijão, Baku, com destino a Grozni, na Chechênia (Cáucaso russo). A bordo, 67 vidas: 62 passageiros e 5 tripulantes. O voo transcorria normalmente até que o avião tentou aterrissar em seu destino previsto. Contudo, em uma reviravolta dramática e inexplicável no momento, a tripulação foi obrigada a desviar a rota, direcionando-se para o Cazaquistão, onde, infelizmente, a aeronave caiu, tornando o Natal de 2024 um dia de luto para muitas famílias.

O relatório preliminar do Ministério dos Transportes do Cazaquistão, divulgado em fevereiro, já havia apontado “danos” significativos causados por “objetos externos” na cauda e na asa esquerda do avião Embraer. À época, o documento de 53 páginas não identificou o motivo exato do desvio, mas revelou que a tripulação informou a perda do sinal de GPS momentos antes de perder completamente o controle da aeronave – um detalhe crucial para a investigação.

A Confissão de Putin: Mísseis Antiaéreos Russos em Ação

A aguardada confissão de Putin ocorreu durante um encontro de alto nível com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, em Dushanbe, no Tadjiquistão. O líder russo explicou que o sistema de defesa antiaérea russo estava ativado no dia do incidente devido à presença de drones ucranianos na área de Grozni. Essa é uma informação crucial que adiciona um contexto de conflito e alerta à tragédia.

Putin detalhou o mecanismo da queda com precisão: “Os dois mísseis [russos] que foram disparados não atingiram diretamente o avião (…), mas explodiram, talvez por autodestruição, a alguns metros, cerca de 10 metros”, declarou. Ele acrescentou que a destruição da aeronave não foi causada por elementos de combate, mas sim por “restos de mísseis” que atingiram o avião Embraer 190 em pleno voo.

Embora já tivesse expressado “desculpas” anteriormente, esta é a primeira vez que a Rússia assume formalmente a responsabilidade, admitindo que suas forças militares foram diretamente ligadas ao ocorrido. Essa admissão é um passo significativo em um cenário de tensões crescentes e um reconhecimento da grave falha operacional.

Impacto Diplomático e Próximos Passos

A queda do avião Embraer no Cazaquistão e a subsequente confissão de Putin sublinham a fragilidade das relações internacionais, especialmente em zonas de conflito. A tragédia elevou as tensões entre Rússia e Azerbaijão, um país estratégico na região do Cáucaso. O encontro em Dushanbe, o primeiro entre os dois presidentes desde o acidente, visava acalmar os ânimos e buscar uma resolução diplomática.

Como parte do compromisso para mitigar os impactos, Putin prometeu indenizações às famílias das vítimas e garantiu uma investigação formal e aprofundada do caso, com total transparência. O presidente azerbaijano, Ilham Aliyev, agradeceu a Putin por “acompanhar pessoalmente este caso” e destacou o “desenvolvimento positivo” das relações entre Moscou e Baku, um sinal de que a diplomacia busca superar o incidente e evitar maiores crises.

Para mais informações sobre a política externa russa e seus conflitos, que frequentemente afetam a aviação civil, visite a seção de notícias internacionais da BBC News, que oferece ampla cobertura sobre o tema.

Este incidente serve como um lembrete sombrio dos riscos inerentes a regiões geopoliticamente sensíveis e da complexidade das operações de defesa aérea em tempos de conflito, exigindo vigilância constante e comunicação internacional eficaz para evitar futuras catástrofes.

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