
Rússia e Irã: Alertas Graves Enquanto Tensão com EUA e Israel Aumenta

Rússia e Irã: Alertas Graves Enquanto Tensão com EUA e Israel Aumenta
A escalada do conflito entre Irã e Israel atingiu um ponto crítico, provocando reações e alertas diretos de potências globais. A Rússia, em um movimento diplomático significativo, confirmou estar em contato com os Estados Unidos para discutir a volátil situação no Oriente Médio.
Rússia Adverte Washington Sobre Escalada
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, expressou profunda preocupação com a possibilidade de envolvimento americano direto. Em comentários reportados pela agência Interfax, Ryabkov alertou que a ajuda militar dos EUA a Israel poderia gerar uma perigosa ‘desestabilização’ na região. Ele foi ainda mais direto ao advertir os EUA a não entrarem na guerra.
A gravidade da crise foi sublinhada pela porta-voz da pasta, Maria Zakharova, que, segundo a agência Ria Novosti, declarou que ‘o mundo está a poucos milímetros de uma catástrofe’. Zakharova citou especificamente as ameaças nucleares e a potencial participação de outros países como fatores que elevam dramaticamente o risco.
Irã Vota Não se Render e Promete Resposta Forte
Paralelamente, o líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, dirigiu-se à nação através da TV estatal em meio à crescente tensão. Sua mensagem foi clara: o povo iraniano não esquecerá o sacrifício dos ‘mártires’ e a agressão contra seu território.
Israel cometeu um ‘grande erro e será punido por isso’. O Irã ‘não irá se render’, desafiando diretamente os apelos feitos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Khamenei foi enfático ao afirmar que uma participação dos Estados Unidos no conflito gerará ‘consequências irreparáveis’. Dirigindo-se a Trump, ele relembrou a resiliência histórica do povo iraniano diante de ameaças, declarando:
‘Os EUA devem saber que o Irã não se renderá e qualquer ataque americano terá consequências sérias e irreparáveis’.
Ele classificou a exigência de ‘rendição incondicional’ de Trump como ‘inaceitável’, reiterando que ‘guerra será respondida com guerra’ e que o Irã não se submeterá a ‘nenhuma exigência ou ditame’.
O Cenário da Guerra no Sexto Dia
A guerra, que entrou em seu sexto dia, mostra sinais preocupantes de escalada. Os Estados Unidos têm sinalizado fortemente a possibilidade de intervir militarmente no conflito.
Nas últimas horas, a Força Aérea israelense bombardeou alvos estratégicos, incluindo uma universidade ligada à Guarda Revolucionária e 12 bases de mísseis iranianas. Em resposta, o Irã lançou dezenas de mísseis contra Israel, alegando ter atingido o quartel-general do Mossad em Tel Aviv. De acordo com informações oficiais até o momento, o conflito resultou em 224 mortes no Irã e 24 em Israel.
A Posição dos Estados Unidos e o Risco de Intervenção
O presidente Donald Trump continua analisando a entrada na guerra, ao mesmo tempo em que exige a rendição incondicional do Irã e chegou a ameaçar o líder supremo Ali Khamenei. Trump afirmou publicamente que sabe a localização de Khamenei e que os Estados Unidos detêm total controle dos céus sobre o Irã, uma declaração que muitos interpretam como um sinal claro de intenção militar.
O Pentágono reforçou a presença militar na região, enviando uma esquadrilha de caças e aviões-tanque. Em suas redes sociais, o Aiatolá Khamenei reiterou que o Irã dará uma ‘resposta forte’ ao que chamou de ‘regime sionista terrorista’.
Como reflexo direto da tensão, a embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém anunciou que permanecerá fechada por alguns dias. A crise no Oriente Médio também teve impacto na agenda diplomática global, levando ao cancelamento de encontros importantes, como o programado entre o presidente brasileiro Lula e o líder ucraniano Volodymyr Zelensky na cúpula do G7.
A situação permanece extremamente tensa, com potências globais como a Rússia e os EUA diretamente envolvidas, e o Irã demonstrando firmeza em sua posição contra Israel e qualquer intervenção externa.
Compartilhar: