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STF: Alexandre de Moraes Exige Dados do Google Sobre Quem Publicou ‘Minuta do Golpe’ na Internet

STF: Alexandre de Moraes Exige Dados do Google Sobre Quem Publicou ‘Minuta do Golpe’ na Internet

temp_image_1750243417.891892 STF: Alexandre de Moraes Exige Dados do Google Sobre Quem Publicou 'Minuta do Golpe' na Internet

STF: Alexandre de Moraes Exige Dados do Google Sobre Quem Publicou ‘Minuta do Golpe’ na Internet

Em um desdobramento crucial na investigação sobre a chamada “trama golpista”, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 48 horas para que o Google forneça informações detalhadas sobre a origem da “minuta do golpe” na internet. A decisão, tomada recentemente, atende a um pedido direto da defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo anterior.

A busca por esses dados online é uma peça-chave na estratégia defensiva de Torres. Ele e sua equipe buscam provar que o documento encontrado em sua residência – uma minuta que versava sobre medidas de exceção – possui características distintas de outros materiais de cunho antidemocrático que surgiram durante a instrução processual.

O Pedido de Anderson Torres e a Justificativa do STF

Réu no núcleo que investiga a tentativa de subverter a ordem democrática, Anderson Torres protocolou uma série de solicitações ao ministro Moraes ao final da fase de interrogatórios. Parte desses pedidos foi acatada pelo magistrado, incluindo a exigência de informações ao gigante da tecnologia, Google.

Além dos dados da internet, Moraes também concedeu à defesa de Torres um prazo de cinco dias para apresentar laudos periciais. O objetivo é reforçar o argumento de que o conteúdo da “minuta do golpe” encontrada na casa do ex-ministro não guarda semelhança com outros documentos investigados. Essa diligência visa fortalecer a tese de que o documento de Torres não estaria alinhado à suposta articulação golpista.

Em sua decisão, Moraes justificou a pertinência dos pedidos de Torres, destacando que as minutas de golpe de Estado foram objeto de questionamento tanto de testemunhas quanto dos próprios réus ao longo da instrução processual. “Constata-se que as diligências complementares decorrem de instrução processual, considerando que as minutas de Golpe de Estado descritas na acusação foram objeto de indagação de testemunhas e dos réus, o que demonstram a pertinência do requerimento”, afirmou o ministro, conforme citado no processo.

Contexto do Processo e Outras Diligências

A autorização para novas diligências surge após o encerramento da etapa de interrogatórios, abrindo espaço para que as partes solicitem medidas adicionais consideradas essenciais para auxiliar na formação do convencimento judicial e no julgamento da ação penal.

Paralelamente ao caso de Anderson Torres, o ministro Alexandre de Moraes também autorizou outra diligência relevante, atendendo a um pedido do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier. Moraes determinou que a Marinha informe, em 48 horas, a data de expedição da Diretiva (Ordem de Movimento) referente à Operação Formosa de 2021, que ocorreu em agosto daquele ano. Este pedido também busca esclarecer pontos específicos relevantes para a defesa no contexto das investigações.

As decisões de Moraes reforçam o rigor da investigação e a busca por todos os elementos que possam esclarecer os fatos relacionados à suposta tentativa de trama golpista e a origem dos documentos chave, como a “minuta do golpe na internet”. A resposta do Google nos próximos dias será um passo importante na elucidação sobre a disseminação online deste documento.

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