
Fernanda Keulla Revela Luta e Diagnóstico de Síndrome de Sjögren: “Não Era Normal”

Fernanda Keulla Revela Luta e Diagnóstico de Síndrome de Sjögren: “Não Era Normal”
A apresentadora e ex-BBB Fernanda Keulla, de 39 anos, abriu o coração e compartilhou com seus seguidores um momento delicado de sua vida: o diagnóstico da Síndrome de Sjögren. Em um vídeo emocionante, ela detalhou a longa jornada até descobrir a condição, uma doença autoimune que afeta diversas funções do corpo.
A Luta de Fernanda Keulla: Sintomas Ignorados e a Busca por Respostas
Por muito tempo, Fernanda Keulla conviveu com sintomas que eram minimizados até por pessoas próximas. Cansaço extremo e dores persistentes tornaram-se parte de sua rotina, levando-a a diversas internações hospitalares sem um diagnóstico conclusivo. “Demorei a perceber que estar doente todos os dias não era normal”, desabafou a vencedora do BBB 13, revelando a pressão que sentia e a auto cobrança diante de um mal-estar constante.
Essa busca por respostas foi fundamental para que, finalmente, com o acompanhamento de um reumatologista, a Síndrome de Sjögren fosse identificada. Sua história reforça a importância de ouvir o próprio corpo e investigar sintomas persistentes.
Síndrome de Sjögren: Entendendo a Doença Autoimune
Mas, afinal, o que é a Síndrome de Sjögren? De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), trata-se de uma doença autoimune crônica. Nesses casos, o sistema imunológico do corpo, que deveria defender o organismo de invasores, ataca suas próprias células e tecidos.
Na Síndrome de Sjögren, o ataque é direcionado principalmente às glândulas responsáveis pela produção de fluidos, como as lacrimais (olhos) e salivares (boca). Isso causa os sintomas mais característicos da condição: secura intensa nos olhos e na boca.
Manifestações e Sintomas Além da Secura
Embora a secura seja o sintoma predominante, a Síndrome de Sjögren pode se manifestar de diversas outras formas. A SBR aponta que os pacientes podem experienciar:
- Secura em outras áreas, como pele, nariz e vagina;
- Fadiga crônica;
- Dores nas articulações (artralgias) e inflamação (artrites);
- Afetação de outros órgãos internos, incluindo rins, pulmões, vasos sanguíneos, fígado, pâncreas e cérebro.
É importante notar que a Síndrome de Sjögren é mais prevalente em mulheres de meia-idade, mas pode atingir homens e pessoas de qualquer faixa etária.
O Caminho para o Diagnóstico
Dada a variedade de sintomas, o diagnóstico da Síndrome de Sjögren pode ser desafiador e, como no caso de Fernanda Keulla, levar tempo. A secura ocular e bucal, por exemplo, pode ser causada por outros fatores, como certos medicamentos (para pressão alta, depressão, alergias) ou outras condições oftalmológicas.
A avaliação médica completa é essencial. Geralmente, envolve:
- Exames clínicos e avaliação dos sintomas;
- Exames laboratoriais (sangue) para identificar autoanticorpos;
- Testes oftalmológicos para avaliar a produção de lágrimas;
- Biópsia das glândulas salivares menores;
- Exames de imagem ou medicina nuclear em alguns casos.
A SBR diferencia ainda a Síndrome de Sjögren Primária (quando ocorre isoladamente) da Secundária (associada a outras doenças autoimunes como Artrite Reumatoide ou Lúpus).
Tratamento e Qualidade de Vida
Atualmente, não há cura definitiva para a Síndrome de Sjögren. No entanto, um diagnóstico e tratamento precoces são cruciais para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.
O tratamento é individualizado, dependendo da gravidade e dos tipos de manifestações. Para casos leves, lágrimas artificiais e substitutos de saliva podem ser suficientes. Em situações mais complexas, medicamentos anti-inflamatórios, corticoides ou imunossupressores podem ser prescritos para controlar a inflamação e prevenir danos maiores aos órgãos.
A Mensagem de Fernanda Keulla
Ao compartilhar sua experiência, Fernanda Keulla não apenas informa sobre a Síndrome de Sjögren, mas também encoraja outras pessoas a buscarem ajuda médica para sintomas persistentes e a não ignorarem os sinais que o corpo dá. Sua coragem em expor uma luta tão pessoal ilumina a realidade de viver com uma doença autoimune e a importância da empatia e do apoio.
Desejamos força e bem-estar a Fernanda em sua jornada de tratamento.
Fonte: Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)
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