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Fezes em Fita: O Sinal de Alerta do Câncer de Intestino que Você Não Pode Ignorar

Fezes em Fita: O Sinal de Alerta do Câncer de Intestino que Você Não Pode Ignorar

temp_image_1753310413.917398 Fezes em Fita: O Sinal de Alerta do Câncer de Intestino que Você Não Pode Ignorar

Você presta atenção aos sinais que seu corpo envia? Muitas vezes, uma mudança aparentemente pequena pode ser um alerta importante. Um desses sinais, que ganhou destaque após o relato da cantora Preta Gil, são as fezes em fita. Esse formato incomum do cocô, achatado e fino, pode ser um indicativo silencioso de um problema sério: o câncer de intestino.

O que são as “Fezes em Fita” e Por Que São um Alerta?

Imagine o seu intestino como um tubo. Quando as fezes passam por ele, elas mantêm um formato cilíndrico. No entanto, se houver uma lesão, como um tumor, crescendo na parede do intestino, ele pode funcionar como um obstáculo que aperta e achata as fezes durante sua passagem. O resultado? O chamado “cocô em fita”.

Segundo especialistas em oncologia, essa alteração no formato das fezes geralmente ocorre em estágios mais avançados da doença, quando a lesão já é grande o suficiente para obstruir parcialmente o caminho. Por isso, é um sintoma que jamais deve ser ignorado.

Além do Cocô Achatado: Outros Sinais do Câncer de Intestino

As fezes em fita raramente aparecem sozinhas. Elas costumam fazer parte de um conjunto de sintomas que, quando observados de forma persistente, exigem uma avaliação médica urgente. Fique atento a:

  • Alteração do hábito intestinal: Períodos de diarreia que se alternam com constipação (intestino preso) sem motivo aparente.
  • Presença de sangue nas fezes: Pode ser vermelho vivo ou mais escuro. Embora hemorroidas sejam uma causa comum, o sangramento consistente ou associado a outros sintomas é um grande sinal de alerta.
  • Dor ou desconforto abdominal: Cólicas, gases e dores que não melhoram.
  • Fraqueza e emagrecimento: Perder peso sem estar fazendo dieta e sentir-se constantemente cansado.

Fatores de Risco e a Crescente Incidência em Jovens

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer colorretal é o segundo mais comum entre as mulheres e o terceiro entre os homens no Brasil. Embora fatores genéticos e hereditários tenham seu peso, o estilo de vida moderno tem um papel crucial no aumento dos casos, inclusive em pessoas mais jovens.

Os principais fatores de risco ambientais incluem:

  • Dieta pobre em fibras e rica em alimentos ultraprocessados.
  • Obesidade e sobrepeso.
  • Sedentarismo.
  • Consumo excessivo de álcool e tabagismo.

Diagnóstico e Prevenção: A Colonoscopia é Sua Maior Aliada

A boa notícia é que o câncer de intestino pode ser prevenido. A principal ferramenta para isso é a colonoscopia. Diferente da mamografia, que detecta um câncer já existente, a colonoscopia pode impedir que ele sequer se desenvolva.

Durante o exame, o médico visualiza todo o intestino grosso e pode remover pólipos (pequenas verrugas), que são lesões benignas com potencial para se tornarem malignas. A recomendação atual é que todos os adultos, mesmo sem sintomas, iniciem o rastreamento a partir dos 45 anos. Se houver histórico familiar, essa idade pode ser antecipada.

Prevenção Ativa e Tratamento

Além do rastreamento, um estilo de vida saudável é fundamental. Manter uma dieta equilibrada, rica em fibras, praticar atividade física regularmente e controlar o peso são as melhores formas de prevenção.

Quando a doença é diagnosticada, o tratamento varia conforme o estágio e pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Surpreendentemente, estudos recentes mostram que a atividade física supervisionada após o tratamento pode aumentar significativamente as chances de cura.

O recado é claro: ouça seu corpo. Sintomas como cocô em fita e outras alterações intestinais persistentes não são normais. Não tenha medo ou vergonha. Procure um médico, investigue e cuide da sua saúde. A detecção precoce salva vidas.

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