
Guillermo del Toro Traz “Frankenstein” à Vida: Primeiras Críticas Revelam Uma Adaptação Magnífica e Debatível

Guillermo del Toro Traz “Frankenstein” à Vida: Primeiras Críticas Revelam Uma Adaptação Magnífica e Debatável
Há quase duas décadas, o aclamado diretor Guillermo del Toro acalentava um sonho: adaptar o clássico literário de Mary Shelley, “Frankenstein”. Agora, esse ambicioso projeto finalmente ganha forma com um elenco estelar que inclui Oscar Isaac, Jacob Elordi, Mia Goth e Christoph Waltz, e já está gerando grande burburinho após sua estreia no Venice International Film Festival, antes de chegar à Netflix.
As primeiras impressões dos críticos são tão complexas e fascinantes quanto a própria criatura de Frankenstein. Com a assinatura visual inconfundível de del Toro, o filme é elogiado por sua beleza estonteante e profundidade temática, mas também enfrenta alguns questionamentos. Mergulhe conosco para descobrir o que os especialistas estão dizendo sobre esta aguardada adaptação!
A Visão Única de Guillermo del Toro para “Frankenstein”
Conhecido por sua maestria em entrelaçar o fantástico com o humano, del Toro há muito tempo expressava seu amor pelo romance gótico. Sua abordagem a “Frankenstein” prometia ser mais do que um mero filme de horror; uma exploração de tragédia, romance e questões filosóficas sobre a própria existência humana. E, ao que parece, ele entregou exatamente isso.
Críticos como David Rooney, do Hollywood Reporter, descrevem a obra como “uma recontagem suntuosa de Frankenstein” que “honra a essência do livro” ao focar na tragédia e na reflexão filosófica. Não se trata de um horror puro, mas de uma profunda meditação sobre o que significa ser humano e as consequências da criação.
Elogios Estéticos e Atuações Memoráveis
O que mais ressoa nas primeiras críticas é a deslumbrante estética visual do filme, uma marca registrada de del Toro. Hoai-Tran Bui, da Inverse, e Peter Bradshaw, do Guardian, destacam a beleza arrebatadora das imagens, com “visuais de cair o queixo” e “cenas de tirar o fôlego” que prometem ficar na memória. O diretor é mestre em criar um mundo que é ao mesmo tempo gótico, intricado e profundamente expressivo.
O elenco também recebe aclamação. Jacob Elordi, em particular, é frequentemente citado por sua interpretação cativante da Criatura. Bilge Ebiri, da New York Magazine/Vulture, e Ryan Lattanzio, da IndieWire, notam como Elordi “dá vida” ao monstro, tornando sua curiosidade e dor “frescas, vitais e novas”, injetando uma alma essencial ao filme.
Oscar Isaac, como Dr. Victor Frankenstein, também é elogiado por escolhas de performance “selvagens” e memoráveis, adicionando camadas à complexa figura do criador.
Os Pontos de Debate e as Peculiaridades do Filme
Contudo, a adaptação de Frankenstein por del Toro não está isenta de críticas. Um ponto recorrente é o ritmo “solene” ou “indulgente” do filme. Com uma duração de 149 minutos, alguns críticos, como Jane Crowther da GamesRadar+ e Hoai-Tran Bui, mencionam um ritmo que “pode frustrar” ou parecer “opressor”, sugerindo que talvez “nada tenha sido deixado na sala de edição”.
Outro aspecto debatido é o tom. Martin Tsai, da Critic’s Notebook, observa que há “algo um pouco errado no tom” e a falta de “horror ou suspense” tradicional, com momentos que parecem mais “melodrama romântico exuberante” do que terror gótico. Tim Grierson, da Screen International, comenta que o filme pode ser um “triunfo do espetáculo sobre a nuance”, priorizando gestos grandiosos em detrimento de insights precisos de personagens em certos momentos.
Mesmo assim, há consenso de que a mudança para o ponto de vista da Criatura, permitindo-lhe narrar suas próprias experiências, é um “relâmpago que dá à vida” à narrativa, injetando uma energia única.
O Veredito Final: Um Del Toro Autêntico
Em suma, a versão de Guillermo del Toro para “Frankenstein” é, sem dúvida, um trabalho autoral. É um filme que reflete as obsessões e o estilo inconfundível do diretor, desde os visuais ricos e detalhados até a exploração da “capacidade da humanidade para a crueldade” e a busca por catarse e perdão. John Bleasdale, da Time Out, o descreve como “barulhento, bombástico, sublime e bobo”, mas capaz de surpreender pela emoção.
Para aqueles que buscam um “del Toro mais estranho”, talvez este Frankenstein não seja a xícara de chá ideal. Mas para quem deseja um filme de monstro de época “sólido, quase robusto em sua firmeza”, que mantém “a essência mais íntima, a alma do cinema, viva”, esta é uma obra que merece ser vista.
Quando Assistir “Frankenstein” de Guillermo del Toro?
Marque na agenda! “Frankenstein” de Guillermo del Toro terá um lançamento limitado nos cinemas a partir de 17 de outubro de 2025 e estará disponível para streaming na Netflix em 7 de novembro de 2025.
Para saber mais sobre a carreira e outros filmes de Guillermo del Toro, visite a página dele no IMDb. Conheça a obra original de Mary Shelley em Project Gutenberg.
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