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Premiação Copa do Mundo de Clubes: Palmeiras e Fluminense Enfrentam Batalha Fiscal nos EUA

Premiação Copa do Mundo de Clubes: Palmeiras e Fluminense Enfrentam Batalha Fiscal nos EUA

temp_image_1751660036.015607 Premiação Copa do Mundo de Clubes: Palmeiras e Fluminense Enfrentam Batalha Fiscal nos EUA

Premiação Copa do Mundo de Clubes: Palmeiras e Fluminense Enfrentam Batalha Fiscal nos EUA

Os valores milionários da premiação pela participação na Copa do Mundo de Clubes da FIFA, aguardados com expectativa por torcedores e dirigentes, se transformaram em um novo desafio para Palmeiras e Fluminense. A preocupação da vez não é dentro de campo, mas nos gabinetes fiscais, envolvendo negociações diretas entre a FIFA e o governo dos Estados Unidos.

O cerne da questão reside na definição de quanto e, principalmente, como serão pagos os impostos sobre os prêmios conquistados pelos clubes no torneio. Participar de um evento de tamanha magnitude como a Copa do Mundo de Clubes da FIFA gera receitas substanciais, mas a tributação nos EUA pode abocanhar uma fatia considerável desses ganhos.

O Dilema Fiscal e a Estratégia da FIFA

Para mitigar parte do impacto fiscal americano, a FIFA realizou um movimento estratégico: pagou uma parcela significativa da premiação, cerca de R$ 65 milhões, ainda em território brasileiro. Essa antecipação, a pedido dos próprios clubes brasileiros, visa reduzir a base de cálculo de impostos nos Estados Unidos, onde a carga tributária pode ser bem mais alta.

Ainda assim, a expectativa é de que a alíquota sobre o restante da premiação a ser paga nos EUA gire em torno de 30%. Essa porcentagem, se confirmada, representaria um valor considerável a ser desembolsado pelos clubes.

Os Números em Jogo

Até o momento, Fluminense e Palmeiras já garantiram valores robustos pela campanha na Copa do Mundo de Clubes, somando aproximadamente R$ 217 milhões em vitórias, pontos por empates e as classificações até as quartas de final.

Se a projeção de 30% de impostos sobre o total da premiação se concretizar, o valor devido em tributos poderia chegar perto dos R$ 65 milhões. Este montante impacta diretamente o caixa dos clubes.

Dirigentes de Palmeiras e Fluminense têm sido cautelosos em relação aos valores recebidos, buscando desfazer a imagem de que as premiações do Mundial de Clubes os tornaram “multimilionários” da noite para o dia. A alta carga fiscal é o principal argumento para moderar as expectativas, especialmente no que diz respeito a investimentos futuros em contratações.

Apesar da mordida do leão, a premiação ainda representa um reforço financeiro importante. Mesmo abatendo os prováveis R$ 65 milhões em impostos, a receita líquida poderia ficar em torno de R$ 150 milhões. Para efeito de comparação, a receita total do Fluminense no ano passado foi de R$ 684 milhões, enquanto a do Palmeiras atingiu R$ 1,3 bilhão. Os valores do Mundial de Clubes, mesmo tributados, são, portanto, bastante relevantes dentro do panorama financeiro anual das equipes.

As negociações entre a FIFA, os clubes e as autoridades fiscais americanas seguem em andamento para se chegar a uma definição exata do montante a ser pago. A transparência sobre o impacto fiscal é vista como fundamental pelos clubes para gerir as expectativas e planejar o futuro financeiro com base nos ganhos reais pós-impostos da premiação da Copa do Mundo de Clubes.

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