
DNA Traz Respostas: Novas Vítimas do 11 de Setembro São Identificadas Após 22 Anos

Mesmo após mais de duas décadas, as feridas do 11 de setembro de 2001 continuam abertas para milhares de famílias. No entanto, em meio à dor persistente, a ciência oferece um vislumbre de consolo. O Instituto Médico Legal de Nova York anunciou recentemente a identificação de mais três vítimas dos ataques ao World Trade Center, um marco alcançado graças a avanços notáveis na tecnologia de análise de DNA.
A Ciência que Conecta Passado e Presente
A tecnologia de sequenciamento de DNA de última geração foi a chave para trazer respostas a mais três famílias. Os nomes divulgados trazem de volta a memória de vidas interrompidas de forma trágica naquele dia. As vítimas recém-identificadas são:
- Ryan Fitzgerald, de 26 anos, que trabalhava no 94º andar da Torre Sul.
- Barbara Keating, passageira de um dos aviões que atingiram as torres.
- Uma mulher adulta cujo nome foi omitido a pedido de sua família.
Essas identificações se somam a um esforço contínuo que já conseguiu dar nome a 1.653 das 2.753 pessoas que perderam suas vidas em Lower Manhattan. A identificação de Ryan Fitzgerald, por exemplo, foi possível através de testes em restos mortais recuperados em 2002, mostrando a complexidade e a resiliência deste trabalho.
O Desafio Contínuo da Identificação por DNA
O trabalho liderado pelo médico legista-chefe de Nova York, Dr. Jason Graham, é uma verdadeira corrida contra o tempo. “A degradação do material genético ao longo dos anos é um desafio imenso”, explica. No entanto, ele reforça o compromisso inabalável da equipe: “Fizemos essa promessa às famílias e continuamos com ela hoje. Poder fornecer essas respostas, mesmo depois de tanto tempo, é muito significativo”.
Apesar dos avanços, a jornada está longe de terminar. Cerca de 1.100 vítimas — o que representa 40% do total — ainda não foram identificadas. Cada nova identificação é uma vitória da ciência e um passo fundamental para ajudar as famílias a encontrarem um fechamento, um processo que é honrado e preservado pelo Memorial & Museu Nacional do 11 de Setembro.
“A dor de perder um ente querido nos ataques terroristas de 11 de setembro ecoa através das décadas, mas com estas três novas identificações, damos um passo à frente para confortar os familiares que ainda sofrem por aquele dia.”
Eric Adams, Prefeito de Nova York
A perseverança dos cientistas e o poder da análise de DNA mostram que, mesmo diante da maior das tragédias, a busca por respostas e dignidade nunca cessa.
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